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Quem foi João Batista? – Entenda Sua História

O anúncio do nascimento de João Batista feito pelo anjo Gabriel:

O anjo Gabriel, o mesmo responsável por anunciar à Maria sua gravidez de Jesus (Lucas 1.26-38), foi o responsável por anunciar a Zacarias, pai de João Batista, que Isabel sua esposa ficaria gravida do menino já em idade avançada (Lucas 1.5-25).

O evangelho segundo escreveu Lucas nos conta que Zacarias era um sacerdote que fazia parte do grupo sacerdotal de Abias, na época de Herodes, rei da Judéia. Zacarias era um bom homem, andava em justiça aos olhos de Deus e obedecia de forma irrepreensível a todos os mandamentos e doutrinas do Senhor, de igual modo era a sua esposa Isabel.

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Zacarias e sua esposa Isabel não tinham filhos. Quando aconteceu o anuncio da gravidez, ambos já eram idosos, além do que Isabel era estéril. O anjo apareceu a Zacarias quando ele estava oferecendo uma oferta da queima de incenso no Santo dos Santos a Deus:

Entretanto, o anjo lhe assegurou: ‘Não tenhas medo, Zacarias, eis que a tua súplica foi ouvida, Isabel, sua esposa, te dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de João, Ele te será motivo de grande felicidade e regozijo.

E muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande aos olhos do Senhor, jamais beberá vinho nem qualquer outra bebida fermentada, e será pleno do Espírito Santo desde antes do seu nascimento. E conduzirá muitos dos filhos de Israel à conversão ao Senhor, seu Deus.

Ele avançará na presença do Senhor, no mesmo espírito e poder de Elias, com o propósito de fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, deixando um povo preparado para o Senhor” (Lucas 1.13-17), Zacarias, no entanto, questionou ao anjo Gabriel de que como isso seria possível, tendo em vista a condição do casal, ao que o anjo lhe assegurou que o anuncio era fiel e digno de toda a credibilidade (Lucas 1.18-19) e que pela dúvida gerada ele ficaria mudo até o dia em que cumprisse o que lhe foi dito (Lucas 1.20-22).

História de João Batista

Passando-se os dias Isabel engravidou, mas ocultou das pessoas essa noticia durante cinco meses, permanecendo em casa, e desde a gravidez João Batista foi motivo de grande alegria:

“Isto é dádiva do Senhor para mim, Eis que seus olhos me contemplaram, para retirar de sobre mim a grande humilhação que sentia diante de todos” (Lucas 1.25).

Na época o fato de não ter filhos era observado como sinal de desfavor divino ou de sérios pecados ocultos que como consequências as pessoas seriam castigadas por Deus, além do que no caso da infertilidade a responsabilidade era tida toda da mulher que sofria constantemente os mais variados julgamentos, bem como rejeições por parte da comunidade em que pertencia e na maioria das vezes do próprio marido.

Maria, mãe de Jesus, e Isabel, mãe de João Batista juntas

Maria era parenta de Isabel e o anuncio do nascimento de Jesus aconteceu a Maria

quando Isabel, mãe de João Batista, já estava gravida de seis meses (Lucas 1.36). E a palavra continua dizendo que após o anuncio, naqueles dias, Maria se preparou e foi ao encontro de Isabel.

Quando Maria chegou à casa de Zacarias e saudou Isabel, João Batista, o bebê que estava sendo gerado naquele ventre, agitou-se e Isabel ficou plena do Espirito Santo (Lucas 1.41), e com um forte grito exclamou:

“Bendita és tu entre todas as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, mas, qual o motivo desta graça maravilhosa, que me venhas visitar a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1.42-43).

Foi pela ação do Espírito Santo na vida de Isabel que neste momento ela pôde reconhecer Maria como mãe do Redentor e que o bebê que ela estava gerando era Jesus, o prometido Salvador. E é assim que acontece até hoje, pela graça as pessoas ouvem sobre Jesus e pela ação do Espírito Santo elas podem reconhecer seu estado de vida e a profunda necessidade de um Senhor e Salvador.

O nascimento de João Batista

Completando o tempo João Batista nasceu e a palavra do Senhor através do anjo Gabriel se cumpriu, todos os vizinhos e parentes se alegraram com Isabel manifestando grande admiração pela misericórdia de Deus que havia alcançado o casal (Lucas 1.57-58). Como o anjo havia anunciado, foi lhe dado o nome de João (Lucas 1.60-63).

O cântico de Zacarias, pai de João Batista

Após esses fatos, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar louvando a Deus. Seu cântico, pleno do Espírito Santo que estava, foi esse:

Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, pois que visitou e redimiu o seu povo; Ele concedeu poderosa salvação na casa de Davi, seu servo; Assim como prometera por meio dos seus santos profetas desde a antiguidade; Salvando-nos dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam, para demonstrar sua misericórdia aos nossos antepassados e recordar sua santa aliança, o juramento que prestou ao nosso pai Abraão;

Que nos resgataria da mão de todos os nossos inimigos, a fim de o servirmos livres do medo, em santidade e justiça na sua presença, durante todos os dias de nossas vidas. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois marcharás à frente do Senhor, para lhe preparar o caminho, para proclamar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados.

E isso, por causa das profundas misericórdias de nosso Deus, através das quais dos céus nos visitará o sol nascente, para iluminar aqueles que estão vivendo em meio às trevas e guiar nossos pés no caminho da paz (Lucas 1.68-79).

João Batista no deserto

João crescia e se robustecia em espírito e viveu no deserto até o dia em que havia de se revelar-se publicamente a Israel (Lucas 1.80). Como seus pais, Zacarias e Isabel, já eram idosos quando J. Batista nasceu, estudiosos afirmam que eles morreram quando João era bem jovem e que ele foi levado ao deserto da Judeia onde viveu por muitos anos e “muito aprendeu com os essênios de Qunram, há semelhança de terminologia da sua pregação com os chamados Rolos do Mar Morto é notável”.

O ministério de João Batista

Chegando o tempo o ministério de J. Batista começou a funcionar intensamente, ele foi chamado por Deus para pregar arrependimento ao povo (Lucas 3.3,8), considerado o último profeta da Antiga Aliança, neste momento cumpre-se através dele o que foi escrito por Isaías:

“Voz que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, tornai reta as suas veredas, pois que todo vale será aterrado e todas as montanhas e colinas niveladas, as estradas tortuosas se transformarão em retas e os caminhos acidentados serão aplanados. E todos os seres viventes contemplarão a salvação que Deus oferece” (Lucas 3.4-6).

O principal ministério de João Batista foi testificar a Cristo (preparando o seu caminho): “Este é Aquele de quem eu disse: Ele, o que vem depois de mim, tem a excelência, porquanto já existia antes de mim; e da sua plenitude todos nós temos recebido, graça sobre graça, porquanto a Lei foi dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram de Jesus Cristo, ninguém jamais viu a Deus, o Filho unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1.15-18).

Com sua mensagem de arrependimento e seu ministério expandindo, muitas pessoas questionavam se ele não seria o próprio Cristo prometido (Lucas 3.15), mas João esclarecia a todos diante desse argumento dizendo: “Eu, de fato, vos batizo com água, entretanto chegará alguém mais poderoso do que eu, Ele voz batizará com o Espirito Santo e com fogo”.

João tinha tanta certeza pelo Espírito de quem ele estava anunciando que sua reverência era notória: “Jesus, eu não sou digno sequer de desamarrar as correias das suas sandálias” (Lucas 3.16), bem como quando os sacerdotes e levitas enviados de Jerusalém o questionaram, ele afirmou: “Eu não sou o Cristo, Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Fazei um caminho reto para o Senhor” (João 1.20,23). João pregava as boas novas do evangelho.

O batismo de Jesus realizado por João Batista

João batiza pessoas como ato de remissão dos seus pecados e nova vida e até Jesus, que nunca cometeu pecado algum, foi batizado por João Batista e nesse momento algo sensacional aconteceu, houve a manifestação da trindade santa: “a voz do Pai, o Filho na água e o Espírito Santo em forma corporal como uma pomba” (Lucas 3.21-22).

João Batista Preso

Contudo, João continuou seu ministério e quando o Batista admoestou Herodes, o tetrarca, por causa de Herodias, mulher do próprio irmão de Herodes, com a qual viera a casar (Marcos 6.17) e devido a muitas outras obras perversas que havia praticado, Herodes acrescentou a todas essas maldades a de mandar João para a prisão (Lucas 3.19-20). João permaneceu preso em Maqueros, nas proximidades do Mar Morto, por cerca de um ano.

Nesse mesmo período João, já preso, queria confirmar sobre o Cristo que fazia grandes milagres, de quem ele tanto ouvia falar na prisão, era mesmo o Messias profetizado no A.T. não por dúvidas, mas para seu total descanso, por isso mandou dois dos seus discípulos para perguntar a Jesus se ele “era Aquele que haveria de vir” (Mateus 11.3) e Jesus manda uma resposta de maneira clara a João: “Ide e contai a João o que estais ouvindo e vendo: ‘Os cegos enxergam, os mancos caminham, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as Boas novas estão sendo pregadas aos pobres. E abençoado é aquele que não se escandaliza por minha causa” (Mateus 11.4-6).

Assim João poderia descansar e se alegrar no Senhor, pois sua missão estava cumprida.

Jesus testifica sobre João Batista

Jesus sobre João: “O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? E então? O que fostes ver no deserto? Um homem vestido com roupas finas? De fato, os que usam roupas finas estão nos palácios reais.

Mas, afinal, o que fostes ver? Um profeta? Sim, Eu vos afirmo. E mais do que um profeta! Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘Eis que Eu enviarei o meu mensageiro à frente da tua face, o qual preparará o caminho diante de Ti’, com toda certeza afirmo: ‘Entre os nascidos de mulher não se levantou ninguém maior do que João, o Batista, entretanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele.

Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de violência se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João, E, se desejarem aceitar, este é o Elias que havia de vir. Aquele que tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11.7-15).

Como morreu joão batista?

Herodes já havia mandando prender J. Batista e também queria mata-lo, mas temia o povo, pois J. Batista era considerado profeta (Mateus 14.5), contudo no dia do aniversário de Herodes, Salomé, filha de Herodinas dançou diante de todos num banquete oferecido por ele e isso muito agradou a Herodes que prometeu fazer a ela tudo quanto lhe pedisse e ela, influenciada por sua mãe que o odiava Batista e queria mata-lo – por ter advertido Herodes sobre seu envolvimento com ela (Marcos 6.19) – (Herodinas era ex-esposa do meio irmão de Herodes, Filipe. Ela fora persuadida a abandonar o marido para casar-se com Herodes Antipas, cometendo assim incesto).

Pediu que a cabeça de João Batista fosse servida em um prato (Mateus 14.8). Herodes ficou angustiado, mas por causa do seu juramento diante de todos mandou decapitar J. Batista (Mateus 14.10). Sua cabeça foi levada num prato e entregue à jovem que a entregou a sua mãe. Os discípulos de João vieram e levaram seu corpo e o sepultaram. E, foram contar a Jesus o que havia acontecido (Mateus 14.11-12).

Jesus num Momento de Solitude

Assim que Jesus soube dessas coisas, retirou-se do barco, em particular, para um lugar deserto (Mateus 11.13). Triste com a morte de João, Jesus busca a solitude, pois era tempo de orar e refletir a sós.

Conclusão

A Palavra de Deus nunca deixou e nunca deixará de se cumprir, pois não existe absolutamente nada que seja impossível para Deus (Lucas 1.37). A vida de João Batista foi o cumprimento de algo que já havia sido revelado no passado, o anuncio do seu nascimento, muito semelhante com o de Jesus, foi fruto de um milagre e a sua vida foi um milagre, pois anunciar a mensagem que ele anunciou na posição de um arauto de Jesus é um grande privilégio.

A sua morte para muitos pode representar uma derrota, porém para aqueles que são de Jesus e entendem o ministério do seu Reino, a sua morte foi motivo de grande vitória, pois antes morrer por causa da mensagem do evangelho anunciando a quem quer que seja do que negá-la e morrer como um covarde que não acreditou profundamente e viveu o que anunciou.

Onde estão os novos “Joãos Batistas” que anunciam a mensagem do arrependimento e que estão

preparando o caminho para a segunda vinda de Jesus? Quantos podem dizer “eis-me aqui”? O tempo é agora, pois ninguém sabe se “amanhã chegará”. Que Ele encontre nessa geração pessoas comprometidas com o evangelho começando de cada leitor desse artigo. Deus te abençoe te fortalecendo para o ministério pelo seu Espírito, em nome de Jesus.

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