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A Parábola do Rico Insensato

A parábola do rico insensato foi extraída do evangelho segundo escreveu Lucas, o terceiro na sequência comum da Bíblia Sagrada.

O Lucas não foi uma testemunha ocular do ministério de Jesus, o evangelho que carrega o seu nome como título foi escrito com base numa investigação minuciosa de todas as fontes possíveis da época (Lucas 1.1-4).

O evangelho de Jesus segundo escreveu Lucas é conhecido sob a ótica de “o mais detalhista dos quatro” e é dele que descreveremos a parábola.

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O rico insensato

O evangelho segundo escreveu Lucas conta-nos a parábola do rico insensato dizendo: “E lhes propôs uma parábola: ‘As terras de certo homem rico produziram com abundância. E ele começou a pensar consigo mesmo: ‘Que farei agora, pois não tenho onde armazenar toda a minha colheita?’. Então lhe veio à mente: ‘Já sei! Derrubarei os meus celeiros e construirei outros ainda maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E assim direi à minha alma: tens grande quantidade de bens, depositados para muitos anos; agora tranquiliza-te, come, bebe e diverte-se!’. Contudo, Deus lhe afirmou: ‘Tolo! Esta mesma noite arrebatarei a tua alma. E todos os bens que tens entesourado para quem ficarão?’. Isso também acontece com quem poupa riquezas para si mesmo, mas não é rico para com Deus” (12.16-21).

A versão aqui descrita é da Bíblia King James Atualizada.

O contexto da parábola do rico insensato

Na maioria das vezes, segundo os evangelhos, Jesus estava rodeado de muitas pessoas e, mais uma vez, nesse contexto uma multidão se aglomerava em torno Dele e o mestre começou a ensinar-lhes, primeiramente os seus discípulos, sobre alguns valores do Reino de Deus.

“Enquanto isso, uma multidão de milhares de pessoas, aglomeravam-se, a ponto de pisotearem uma às outras. Foi quando Jesus começou a ensinar primeiramente aos discípulos” (Lucas 12.1a).

O pedido pela divisão da herança

Aconteceu que num determinado momento um homem que estava no meio da multidão pediu a Jesus que Ele ordenasse a seu irmão que dividisse com ele uma herança, contudo Jesus lhe respondeu: “Homem quem me designou juiz ou negociador entre vós” (Lucas 12.14).

E virando-se disse a todos os presentes: “Tende cautela e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porquanto a vida de uma pessoa não se constitui do acúmulo de bens que possa conseguir” (Lucas 12.15) e assim lhes propôs a “parábola do rico insensato”.

A resposta pela parábola do rico insensato

O homem que pediu a Jesus a intervenção sobre a questão da herança na sua família, nesse contexto, estava completamente tomado pelo egoísmo, materialismo e avareza.

Aquele homem que nós não sabemos o nome precisava em primeiro lugar se arrepender dos maus caminhos do seu coração para entender as grandes prioridades do Reino e poder aceitar de bom grado as orientações de Jesus.

As orientações de Jesus

As orientações de Jesus estão, por assim dizer, na contramão do que o mundo prega como correto. O mundo prega a ideia simples do “ter” e a cada dia mais “possuir”, enquanto a Palavra de Deus ensina a “ser” e prosseguir “sendo” a cada dia mais parecido com Jesus, pois isso é seguir as suas orientações.

O homem da parábola e o homem da multidão

O homem rico da parábola proposta por Jesus possuía o mesmo coração daquele homem no meio da multidão, bem como seu caráter denunciava em atitudes o seu coração corrompido contra as orientações de Jesus.

Aquele homem havia conhecido o que era fartura, seus negócios provavelmente iam muito bem, mas seu coração estava tomado pelo egoísmo, materialismo e avareza, além do mais a sua segurança estava nas suas posses e não do Deus Criador de todas as coisas.

Motivado pelos caminhos do seu coração, aquele homem tendo muito não repartiu com os necessitados, pois seu coração não era generoso e o egoísmo cegou os seus olhos para que não enxergasse a necessidade em sua volta, pelo contrário, tendo muito ele decidiu guardar tudo acreditando que seus bens era o que ele precisava para viver uma vida tranquila e feliz, assim como, repito, segura.

Contudo, a Palavra do Eterno vem para confrontar aquela atitude, primeiramente afirmando que ele não passava de um tolo, que tem a mesma colocação de insensato e louco. O Eterno afirmou que naquela mesma noite a sua alma seria arrebatada e diante desse cenário a questão é: “que tranquilidade e segurança suas riquezas poderiam fornecer ou quem usufruiria de tudo aquilo sem a presença do seu dono?”. Tudo acabaria em nada e ele partiria sem deixar um bom legado, ao contrário, se tivesse feito o bem ao próximo.

O que diz a parábola do rico insensato?

Buscar a segurança nos bens e riquezas desse mundo ao invés de buscar a presença e as bênçãos eternas de Deus é viver como um tolo, insensato e louco.

Riquezas não são garantia de tranquilidade, felicidade e segurança, bem como não é garantia de vida, pois quem por mais bem intencionado pode acrescentar um segundo sequer na história da sua vida? Se há uma certeza é que pobres e ricos voltarão ao pó.

A Palavra não condena a riqueza, mas ela condena o amor à riqueza (Mateus 6.24). O Eterno ensina a trilhar o caminho da generosidade, do repartir do pão, da comunhão e da oração (Atos 2.42-43).

A única riqueza duradoura é receber o Espírito Santo, guarda-lo e investir seus dons em beneficio do próximo e da sociedade, pois esses caminhos são eternos e ninguém pode roubar.

Logo em seguida a parábola, Jesus encoraja os seus discípulos a viverem na dependência Dele não andando ansiosos por coisa alguma, pois é certo que o Pai Celeste cuidará de todas as nossas necessidades (Lucas 12.22-34).

O ensinamento da parábola do rico insensato

Se você foi ensinado a “ter”, Jesus te convida primeiramente a aprender a “ser”. Ser seu discípulo amado em quem Ele se alegra.

Não se perca no egoísmo e na avareza quando abençoado for – somos abençoados diariamente, não é verdade? Saiba que tudo vem Dele por generosidade e graça. Preserve a Palavra Dele no seu coração para que você não caia em pecado (Salmo 119.11).

Vem conhecer ao Deus de amor de verdade vivendo os seus cuidados diários, ser livre em Jesus sem carregar o fardo mundano das posses e valores invertidos e viver na direção do Espírito Santo em santa conexão com o céu.

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