E Deus disse a Moisés: “Eu Sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Então Moisés cobriu o rosto, porquanto temia olhar para Deus” (Êxodo 3.6).
Essa fala é dirigida a Moisés no monte Horebe, o monte de Deus, no meio da sarça ardente, naquela experiência fantástica que ele teve, onde Deus falava dando-lhe a missão de ir até Faraó, pois Moisés seria o responsável por liderar e cuidar dos israelitas, o povo de Deus, bem como livrá-los das mãos de Faraó da terra do Egito.
Mas nesse contexto, a pergunta que fica é: Porque Deus se denomina como o “Deus de Abraão, Isaque e Jacó”? Algumas pessoas afirmam, por exemplo, que Ele estava dizendo que “Sou Deus da Fé, Deus do Impossível e Deus da Transformação”.
Mas o que Isaque tinha a ver com o impossível? Isaque foi o filho da promessa (Gálatas 4.23) nascendo por um milagre. Outros afiram que o Deus de Isaque é o Deus da Provisão, tendo em vista que ele foi dado proveniente as necessidades de um casal de idosos e para cumprir a promessa sobre a vida do seu pai Abraão.
O Deus de Isaque é o Deus da Paciência e Longanimidade, pois na história vemos que Isaque soube esperar o tempo certo para todas as coisas na sua vida. Alguns já disseram: “A vida de Isaque é uma vida comum”! Bom, com tanto destaque, comum ou não, há muito que conhecer e aprender.
Quem Foi Isaque?
Indice
Abraão e Sara já eram idosos, numa idade bem avançada para terem filhos, quando veio a eles a promessa do Senhor, nos carvalhos de Manré, que ela geraria e daria luz a um filho. A reação de Sara foi tão espontânea como seria a nossa reação provavelmente, pois ela se espantou e rindo consigo mesmo, carregou a indagação:
“Uma velha como eu? Ficar grávida? E com um marido velho como esse?” (Gênesis 18.12).
Contudo, o Eterno perguntou a Abraão: “Por que Sara riu? Pois ela disse: ‘Eu? Ter um bebê? Uma velha como eu? Por acaso existe alguma coisa difícil demais para o Eterno? Eu voltarei no ano que vem por essa mesma época e Sara terá um bebê” (Gênesis 18.13-14), disse o Eterno através de seu enviado.
O nascimento do Filho da promessa
Como prometido, um tempo depois, o Eterno visitou Sara e cumpriu o que havia falado: ela engravidou e deu a Abraão um filho no tempo exato que Deus havia prefixado. Abraão deu o nome do menino de Isaque. Abraão estava com 100 anos de idade quando seu filho nasceu (Gênesis 21.1-5).
O agradecimento de Sara
Sara disse: “Deus me abençoou com riso e todos que souberem disso vão rir comigo! Quem diria e poderia afirmar a Abraão que Sara iria amamentar um bebê um dia? Mas estou aqui, eu lhe dei um filho em sua velhice!” (Gênesis 21.6-7).
Isaque como Sacrifício
Isaque tinha um meio irmão chamado Ismael, de Abraão com a serva Hagar. Depois de um tempo, com o menino já um pouco crescido, Deus submeteu Abraão a uma prova, convocando-o, lhe disse:
“Pegue Isaque, seu filho querido, a quem você ama, e vá para a terra de Moriá. Você deverá sacrificá-lo ali como oferta queimada sobre um dos montes que eu indicarei” (Gênesis 22.2).
Abraão fez tudo quanto o Senhor havia orientado e no dia seguinte pôs a sela sobre um jumento e ao lado de dois empregados e de Isaque ele cortou lenha para a oferta queimada e dirigiu-se ao local indicado por Deus. Depois de três dias ele conseguiu avistar de longe o lugar final do destino e ele disse aos empregados:
“Fiquem aqui e eu vou com Isaque até lá em cima para prestar o culto e depois voltaremos para cá” (Gênesis 22.5).
Então Abraão colocou a lenha da oferta sobre os ombros de Isaque para que ele carregasse e levava consigo ainda a pedra de fogo e a faca e dos dois seguiram juntos.
No caminho, Isaque chamou por seu pai e disse: “Aqui estão a pedra de fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” e Abraão respondeu: “Meu filho, Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22.7-8).
Finalmente, quando chegaram no local indicado, Abraão edificou um altar e amarrou a lenha sobre ele, depois, amarrou Isaque e o pôs sobre a lenha, em seguida, estendeu a mão e pegou a faca para matar o filho, contudo na mesma hora, um anjo do Senhor chamou por Abraão e ele respondendo, ouviu:
“Não baixe a mão sobre o menino! Não toque nele! Agora sei o quanto você teme a Deus e como é destemido. Você não vacilou em pôr seu filho, seu amado filho, sobre o altar para oferece-lo a mim!’, nesse instante, Abraão ergue os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Ele pegou o animal e o sacrificou como oferta no lugar do seu filho” (Gênesis 22.12-13). Aquele local ficou chamado de “Javé-Jiré” (Deus Proverá).
A benção do Eterno sobre a Geração de Abraão
O anjo do Eterno falou do céu pela segunda vez a Abraão e disse: “Prometo, e essa palavra é do Eterno, que o abençoarei, porque você foi até o fim nessa questão e não se recusou a entregar-me seu filho amado. Como eu o abençoarei! Farei que seus filhos sejam tão numerosos quanto as estrelas do céu e a areia da praia! E seus descendentes derrotarão inimigos. Todas as nações da terra serão abençoadas por meio de seus descendentes, pois você me obedeceu!” (Gênesis 22.15-18). Depois disso voltaram para casa.
O casamento de Isaque e Rebeca
Nesse momento Sara já havia falecido, ela viveu por cento e vinte e sete anos (Gênesis 23.1), e Rebeca uma moça bonita e pura, foi instrumento de cura e consolo para o coração de Isaque, ele a amava muito.
De fato, Rebeca foi concedida em casamento por um cuidado do Eterno, pois Abraão havia pedido a um dos seus empregados para ir até sua terra natal (de Abraão) para conseguir uma esposa para Isaque, sob juramento.
Chegando perto de uma fonte, o empregado orou para que a mulher escolhida lhe desse água para beber, bem como aos seus camelos, isso seria como sinal, portanto quando ele mal acabou de orar, avistou Rebeca e aconteceu tudo quanto ele havia pedido e sob consentimento de sua família e abençoada que foi por eles, ela acompanhou o empregado até Isaque (Gênesis 24).Isaque tinha 40 anos de idade quando se casou com Rebeca.
Isaque nas terras dos Filisteus
Isaque mudou-se para Gerar, terra de Abimeleque, rei dos filisteus, porquanto houve uma fome severa sobre na terra. Isaque foi abençoado pelo Senhor e seguiu todas as suas orientações, naquela terra ele muito prosperou e se tornou um homem rico e como isso não parava de crescer se tornou um homem riquíssimo e poderoso.
Isaque não se perdeu também nos conflitos criados pelos filisteus que reclamavam por direito nos poços que estavam sendo reabertos (pois foram cavados nos dias do seu pai Abraão), mas teve paciência para enfrenta-los e resolve-los – Gênesis 26.
Os filhos de Isaque e Rebeca
Rebeca era estéril, mas o Eterno ouviu a oração de Isaque e ela engravidou de gêmeos e já na sua gestação os bebes ficavam rolando e chutando um ao outro dentro dela e ela consultou a Deus sobre aqueles fatos e Ele respondeu:
“Duas nações estão em sua barriga, dois povos que se enfrentam já dentro de você. Um povo dominará o outro e o mais velho servirá o mais novo” (Gênesis 25.23).
Cumprindo o período gestacional, nasceram Esaú e Jacó, respectivamente no parto. Quando eles nasceram Isaque tinha 60 anos, ou seja, ele aguardou 20 anos para que tivessem filhos, quantas noites ele deve ter orado para viver o milagre daquele momento.
A Palavra diz que Isaque amava Esaú e Rebeca amava Jacó, eles eram diferentes. Ao longo da história vemos as diferenças entre eles e o quanto havia competição entre eles, por exemplo, quando Jacó, o trapaceiro, reclamou os direitos de filho mais velho de Esaú em troca de comida ou quando Jacó se passou por Esaú diante de Isaque, influenciado por Rebeca, já de idade avançada e com problemas de visão, e foi abençoado no lugar de Esaú. Isaque aguardou e viu ainda em vida a reconciliação de seus dois filhos.
A morte de Isaque
Isaque viveu até seus cento e oitenta anos. Ele morreu e reuniu-se à sua parentela no mundo dos mortos, idoso e farto de dias, seus filhos Esaú e Jacó cuidaram do seu sepultamento. (Gênesis 35.29).