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História de Sansão, Quem foi Sansão e Dalila?

Nessa época, mais uma vez, os israelitas haviam pecado contra o Senhor e por este motivo Ele permitiu que o povo sofresse sob o domínio dos filisteus (Juízes 13.1). Os filisteus eram temidos e conhecidos como “o grande povo do mar”, por conta de sua força, pericia militar e capacidade na navegação.

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O anúncio do Nascimento de Sansão

O pai de Sansão chamava-se Manoá (Juízes 13.2), sua esposa era estéril, contudo num certo dia apareceu a sua mulher um Anjo do Senhor que lhe anunciou a gravidez e nascimento de Sansão:

“Tu és estéril e não tivestes filhos, contudo conceberás e darás à luz um filho. Portanto, de agora em diante toma cuidado: não bebas vinho nem qualquer bebida fermentada, e não comas nenhum alimento considerado impuro e proibido. Porquanto ficarás grávida e terás um filho. Ele terá os cabelos longos, porquanto sobre a cabeça dele não se passará navalha, pois teu filho será consagrado a Deus como nazireu desde o dia do seu nascimento. Ele iniciará o processo de livramento do povo de Israel do jugo dos filisteus” (Juízes 13.3-7).

Sansão, cujo nome significa “brilho do sol” em hebraico.

A esposa conta à Manoá o anuncio que recebera

Logo em seguida a mulher foi contar tudo a Manoá, seu esposo, ele pediu a Deus que esse anjo aparecesse outra vez a eles para que lhes instruíssem como deveriam agir assim que o menino nascesse e Deus, por sua vez, atendeu o clamor do homem fazendo com que o anjo aparecesse novamente a sua mulher e como ela encontrava-se sozinha nesse momento, ela correu para comunicar o seu marido do ocorrido e ele no mesmo instante seguiu sua esposa e foi até o anjo.

O encontro de Manoá com o Anjo do Senhor

O Manoá perguntou ao anjo como eles deveriam educar a Sansão quando nascesse (Juízes 13.12) e o anjo esclareceu que a mulher deveria fazer tudo quanto ele havia orientado anteriormente. Manoá fez um convite ao anjo: “Teremos grande alegria em que fiques conosco, desejamos preparar-te um cabrito” (Juízes 13.15) e o anjo respondeu: “Ainda que permanecesse convosco, não comeria do teu alimento, entretanto, se quiseres oferecer um holocausto, consagra-o ao Senhor” (Juízes 13.16). E ao perguntar ao anjo qual era o seu nome, a resposta que Manoá obteve foi: “Meu nome é inefável. Maravilhoso!” (Juízes 13.18).

O Holocausto do Casal a Deus

Em seguida o casal ofereceu um sacrifício de holocausto a Deus e algo sobrenatural aconteceu no momento, ambos observaram o anjo do Senhor subindo ao céu em meio às labaredas e imediatamente eles caíram de joelhos com o rosto rente ao chão. Desde aquele dia, o Anjo nunca mais apareceu a Manoá nem a sua esposa e ficou claro para ambos que aquela figura humana era o anjo do Senhor.

O nascimento de Sansão

Tempos depois a Palavra do Senhor se cumpriu, a esposa de Manoá engravidou e deu a luz a um menino e ele pôs o nome da criança de Sansão.

O menino cresceu diante do Senhor e foi muito abençoado. Sansão estava em Maané-Dã, no acampamento de Dã, entre Zorá e Estaol, quando começou a sentir que o Espírito do Senhor o dirigia.

O Casamento de Sansão

Sansão desceu até a cidade de Timna e ali contemplou uma moça filisteia, por quem se apaixonou, e ele pediu aos seus pais que “tomassem a moça por esposa para ele” (Juízes 14.2), contudo seus pais questionaram tal pedido porque desconheciam que mesmo isso provinha da vontade do Senhor, a fim de providenciar ocasião contra os filiteus, mas Sansão insistiu no pedido e os três foram juntos para Timna.

Chegando perto da cidade um grande leão partiu rugindo na direção de onde estava Sansão e ele foi repleto do Espírito do Senhor, tanto que mesmo sem nada nas mãos rasgou o leão como se fosse um cabrito, Sansão não contou sobre esse incidente aos seus pais (Juízes 14.6).

Sansão conversou com a jovem de quem gostava e alguns dias depois retornou a fim de casar-se com ela, no caminho ele se afastou um pouco e foi ver o cadáver do leão que havia matado e encontro curioso que na carcaça do animal havia um enxame de abelhas de mel, Sansão recolheu o mel com a mão e saboreava-o enquanto retornava ao caminho.

Seguindo com a história, seu pai desceu até a casa da jovem, estava tudo certo e Sansão realizou uma grande festa, conforme a tradição dos noivados (Juízes 14.10). Assim que os filisteus o viram chegar, trouxeram trinta rapazes para o acompanharem como paraninfos durante o banquete.

A charada de Sansão

Sansão lhes apresentou uma charada e a recompensa era: se eles interpretassem a charada Sansão lhes daria trinta vestes completas de linho e trinta mudas de roupas, contudo caso não conseguissem interpretar a charada seria eles que teriam que dar o mesmo ao Sansão. O prazo para essa resposta era de sete dias (durante as celebrações nupciais – tradição da época).

A charada foi: “Do que come saiu comida; do que é forte surgiu doçura” (Juízes 14.14) – referindo-se a história anterior do leão.

Sem conseguir resolver essa charada, os jovens filisteus ameaçaram a mulher de Sansão para que convencesse a dar a resposta desse enigma, pois caso contrário, eles ateariam fogo nela e na casa do sogro de Sansão.

Então a esposa chorou aos ombros de Sansão dizendo que ele não a amava, pois propusestes aos jovens um enigma que nem a ela, ele havia respondido e ele alegou que não havia contado a absolutamente ninguém sobre essa charada. Pois bem, no sétimo dia ele revelou o segredo do enigma para a esposa e ela contou aos jovens filisteus.

Antes do por do sol do último dia os jovens vieram com a resposta: “O que pode ser mais doce do que o mel? E o que é mais forte do que o leão?” (Juízes 14.18). E Sansão lhes disse que jamais teriam encontrado a resposta se não houvessem falado com sua esposa, em seguida, o Espírito do Senhor se apoderou de Sansão e matando trinta homens tomou as suas roupas de festas e as entregou aos que tinham acertado a resposta e depois muito irado partiu para a casa do seu pai. Então, a sua mulher de Sansão foi entregue a um de seus trinta padrinhos de casamento.

A vingança de Sansão

Tempos depois Sansão foi visitar a sua esposa na casa do seu pai e quando quis subir nos seus aposentos seu sogro não quis deixar alegando: “Eu entendi que você não a amava e por isso entreguei a um dos teus amigos”, mas disse ainda, “a sua irmã mais nova e mais bonita ainda, então fique com ela” (Juízes 15.1).

Contudo, Sansão lhe respondeu: “Desta vez ninguém poderá me acusar quando eu acertar as contas com os filisteus” (Juízes 15.3). Por ser época de colheita, Sansão queimou o que os filisteus possuíam para colher e não somente os feixes de trigo como tudo o que estava plantado até as vinhas e oliveiras.

Quando os filisteus souberam o que Sansão havia feito e sua motivação, foram e queimaram a mulher e seu pai. Então Sansão prometeu que “já que eles agiram desse modo, não descansaria enquanto não tivesse se vingado deles” e os atacou com toda a violência realizando terrível matança, Logo depois, desceu à gruta do rochedo de Etã e ali se recolheu (Juízes 15.7-8).

Juiz em Israel

Os filisteus acamparam em Judá e atacaram a cidade de Lehi, Lei, a fim de se vingarem de Sansão e os homens de Judá foram avisar Sansão do que havia acontecido e esses homens levaram Sansão com eles para entregar nas mãos dos filisteus.

Quando chegavam à cidade da Lei, com Sansão, os filisteus avistaram e foram ao encontro cantando a vitória, contudo nesse instante o Espírito do Senhor veio sobre Sansão mais uma vez, as cordas que o aprendia se tornaram como fios de linho queimados ao fogo e os laços se soltaram das suas mãos e ao ver a carcaça de um jumento, imediatamente pegou a queixada do animal e com ela matou mil homens, aquele local passou a ser conhecido como “Ramat Lehi”, Colina da Queixada.

Depois desse momento, Sansão estava com muita sede e questionou a Deus se morreria ali desta forma e seria entregue nas mãos dos incircuncisos, ao que Deus ouviu sua oração e fez abrir uma rocha e dela brotar água, Sansão bebeu, suas forças foram revigoradas e ele recobrou o ânimo. Essa fonte recebeu o nome de “Fonte do que Clama”.

Sansão julgou e liderou os filhos de Israel por vinte anos, durante a época do domínio dos filisteus.

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Sansão e Dalila

Após o envolvimento com uma prostituta e de mais uma fuga das mãos dos seus inimigos na noite em que passou com aquela mulher (Juízes 16.1-3). Sansão se apaixonou por uma mulher do vale de Soreque, chamada Dalila.

Então os governadores dos filisteus procuraram a Dalila e pediram que ela seduzisse a Sansão e descobrisse de onde vinha a força dele, treze quilos de prata de cada um ela ganharia se alcançasse estes feito.

Assim, Dalila perguntou a Sansão: “Conta-me, de onde vem tua força e somente de que maneira poderias ser vencido e amarrado?” (Juízes 16.6). E Sansão respondeu: “Se me amarrares com sete tiras de couro novas, ainda úmidas, ficarei tão vulnerável quanto qualquer outro ser humano” (Juízes 16.7).

Depois disso, os lideres dos filisteus trouxeram essas ferramentas e ela usou para amarra-lo, nesse momento ela havia escondido alguns homens no seu quarto e então gritou: “Os filisteus vem sobre ti, Sansão” e ele arrebentou as tiras, livrando-se e não foi possível descobrir de onde provinha à força desse homem.

Contudo, Dalila questionou a Sansão sobre a mentira que lhe havia contado e pediu-lhe que contasse-lhe a verdade, mas Sansão deu-lhe a mesma resposta e a cena, tal qual, se repetiu. Numa nova tentativa ele declarou: “Se teceres as sete tranças da minha cabeleira num pano e o prenderes com um pino de tear, ficarei tão vulnerável quanto qualquer outro homem”, mas a terceira tentativa foi frustrada também.

Então Dalila protestou: “Como pode dizer que me ama se seu coração não está comigo?” (Juízes 16;15), se valendo as mentiras contadas por Sansão até o momento. Dalila insistiu e incomodou Sansão com esse assunto todos os dias até que ele abriu o seu coração:

“Jamais se passou navalha sobre minha cabeça, porquanto sou nazireu, consagrado desde o ventre da minha mãe, por isso, se fosse rapado todo o cabelo de minha cabeça a minha força extraordinária sairia de mim e de fato eu ficaria vulnerável como qualquer outro homem” (Juízes 16.17).

Por fim, sentindo que finalmente Sansão havia lhe aberto o coração, Dalila chamou os lideres dos filisteus e quando Sansão dormiu em seu colo, ela chamou um homem para vir e raspar a o cabelo de Sansão, depois o afligiu e humilhando-o viu suas forças se esvaírem.

Quando Dalila o chamou, ele não tinha notado que seu cabeço estava raspado e suas forças já não tinha, então os filisteus ali o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza. Amarram Sansão com duas algemas de bronze e fizeram girar um moinho no cárcere. O cabelo da cabeça de Sansão começou a crescer rapidamente logo depois de raspado.

Os filisteus se juntaram para oferecer sacrifico ao seu deus, ele se dominava por nome de Dagom, e isso se dava pelo tal feito e assim o povo bradava louvores a esse deus.

Subsequente tiraram Sansão do cárcere a fim de expor e divertir todo o povo, então quando foram busca-lo no cárcere, Sansão pediu ao jovem que o guiava pela mão que o deixasse apalpar as colunas em que se apoiaria no templo, pois precisava se encostar, ficaria em pé ali, uma mão na coluna esquerda e uma mão na coluna direita e enquanto isso todos os presentes ali estavam humilhando a Sansão.

Num certo momento, nessa cena, Sansão ergueu um clamor e orou a Deus:

“Ó Soberano e Eterno Deus, eu te invoco e suplico, dá-me forças só mais esta vez, para que me vingue dos filisteus pelos meus dois olhos cegos, ó Senhor” (Juízes 16.28).

A Palavra diz que imediatamente Sansão forçou as duas colunas e exclamou: “Que eu morra com os filisteus”, em seguida ele as empurrou com toda a sua extraordinária força e o templo do deus Dagom, onde estava todos, inclusive Sansão, desabou de uma só vez sobre os governadores e todas as pessoas. Nesse dia, declarou-se: “Sansão matou mais gente no momento da sua morte do que em toda a sua vida” (Juízes 16.30).

A história de Sansão se encerra assim: “os irmãos e toda a família do pai foram buscar seu corpo, o levaram e o sepultaram nas terras que ficaram entre Zorá e Estaol, no tumulo de Manoá, seu pai” (Juízes 16.31).

Conclusão

É a história de um homem comum que não temeu enfrentar “mil filisteus” quando tomado pelo Espírito do Senhor, mas que temeu morrer de sede. Um homem que experimentou a intervenção provedora do céu quando clamou: água saiu da rocha e a força foi devastadora até no momento de sua morte. Seduzido e afligido, pecador, mas não desamparado.

Aí vemos os propósitos do Senhor se cumprindo, bem como sua santidade, seu amor e misericórdia tão presentes na história. Deus não desamparou Sansão, Deus não desampara você também. Deus te abençoe.

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