Um manual para a vida de um discípulo de Jesus, pois é assim que podemos definir o “sermão da montanha” contado por Mateus no evangelho que leva o seu nome entre os capítulos cinco e sete, bem como o mesmo ensino é mencionado em trechos por Lucas no evangelho que leva o seu nome no capítulo de número seis nos versículos de vinte a vinte e nove.
As Sagradas Escrituras declaram que Jesus, vendo as multidões, subiu um monte e, assentando-se, os seus discípulos aproximaram-se dele e Jesus os ensinava a partir de então.
O Sermão da Montanha e as bem-aventuranças
Indice
Jesus começava a fazer uma série de declarações conhecidas como “as bem-aventuranças” e nós podemos dizer que no decorrer desse ensino Ele está reforçando os ensinos já conhecidos através profetas, contudo Ele estava exemplificando e tornando-os práticos a partir do coração.
No inicio, sobre as “bem-aventuranças”, as versões que utilizam o termo “bem-aventurado” trazem a expressão inglesa blessed que significa “abençoado, bendito, muito feliz”. A ideia de “bem-aventurado” transmite a melhor ideia do termo grego usado nesses versículos que é makarios referindo-se a uma felicidade que excede qualquer tipo de circunstância, bem como carrega a ideia de um profundo sentimento de paz e alegria que todos podem desfrutar em Jesus.
Sermão da Montanha
Jesus faz as seguintes declarações:
“bem-aventurado os pobres de espírito porque deles é o Reino dos céus, os que choram porque serão consolados, os humildes porque herdarão a terra, os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos, os misericordiosos porque alcançarão misericórdia, os limpos de coração porque verão a Deus, os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus, bem como os que sofrem perseguição por causa da justiça porque deles é o Reino dos Céus e mais, bem aventurados são os discípulos de Jesus quando forem insultados e perseguidos e mentindo disserem todo mal contra eles por causa de Jesus, nesse cenário eles devem exultar e se alegrar sobremaneira, pois a recompensa no céu é esplendida, pois no tempo os amados de Jesus também foram perseguidos” (matheus 5.1-3-12).
A primeira parte desses ensinos vai contra todos os corações arrogantes e soberbos, pois o termo “pobre de espírito” traz o significado de aquele que ama a Deus de todo o coração, bem como conhece suas limitações e fraquezas e sabe que sem a graça de Jesus habitando no humano por sua aceitação através do Espírito Santo é impossível continuar e viver, essas pessoas herdarão o reino do céu.
Bem como quando o termo usado é “o humilde”, o texto está se referindo a aqueles que guardam o coração em Jesus e aceitam pacientemente n’Ele, não desistindo, passar pelas inúmeras injustiça porque sabe que n’Ele a recompensa eterna é mais valiosa do que a pedra preciosa.
Para os que choram há consolo e afirmamos nos nossos dias que é tempo dos discípulos de Jesus voltarem a derramar lágrimas ao chão em suas orações e clamar a justiça para serem fartos. Jesus também fala sobre os misericordiosos e que esses alcançarão misericórdia.
A misericórdia lançadas às vezes pode não vir do mesmo alvo do qual recebeu, mas certamente virá, pois é uma forma de amor e o amor nunca é infrutífero, bem como os que forem perseguidos por amor a Jesus, esses entendem que suas raízes não estão na terra, mas no céu, por isso não se importam com as consequências aqui, eles entendem que o que podem gerar com a vida é eterno e isso ninguém pode mudar.
As promessas são grandes, não por mérito, mas por graça. Ele prometeu cuidar dos seus amados, vemos que há promessas de provisão (Mateus 6.25-34), aqui Jesus diz que os que andam ansiosos quanto ao minuto seguinte são os pagãos, ou seja, aqueles que creem nos mais variados deuses criados pelo homem, mas aqueles que confiam no Senhor, descansam, providos de todas as suas necessidades e por esse caminho também não colocam o seu amor no dinheiro nem o serve perdendo-se nele porque sabem que há um só Deus e apenas Ele deve ser adorado voluntariamente (Mateus 6.24).
O verdadeiro filho conhece o Pai que tem e sabe que o pai sabe dar boas coisas e por isso perseveram até o fim permanecem n’Ele (Mateus 7.7-12).
Jesus afirma que os seus discípulos são “o sal da terra e a luz do mundo” (Mateus 5.13-16), por isso vivem no proposito de fazer a diferença para o bem dos seus semelhantes enquanto vivem.
Um Pouco mais sobre Sermão da Montanha
Jesus veio para cumprir a lei: “Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas. Eu não vim para anular, mas para cumprir” (Mateus 5.17) e ela deve ser vivida no tempo da graça pela graça. A lei é difícil de ser cumprida, pela graça somos fortalecidos e conseguimos chegar aonde não chegamos sozinhos. O discípulo vive uma vida semelhante a vida de Jesus sempre abençoando o seu semelhante como foram abençoados por Jesus.
Jesus disse:
“Eu, porém, vos digo que qualquer que se irar contra o seu irmão estará sujeito a juízo, bem como aconselho que conserte suas pendências com seus irmãos” (Mateus 5.21-26). Resolver as diferenças e oferecer o perdão é a base e a disposição que deve ser preservada, jamais usando da vingança, mas tendo atitudes de amor até com aqueles que se declaram inimigos (Mateus 5.38-48), sem julgamentos alheios e incoerentes, mas analisando cada um primeiramente o seu próprio coração (Mateus 7.1-6).
Além do mais a pureza não está simplesmente nas atitudes, mas está no coração que deve ser guardado de qualquer tipo de imoralidade (Mateus 5.27-30).
O discípulo de Jesus entende que há apenas dois caminhos, um que é largo, mas que leva a perdição e outro que é estreito e que leva a salvação e por isso decide carregar a cruz e aprender de Jesus (Mateus 7.13-14).
Por fim, Jesus convida seus discípulos há uma vida no secreto e atitudes que buscam agradar o coração de Deus e não para ser vistos pelos homens (Mateus 6.1-17) e ter uma vida arraigada no céu e investir toda ela em favor do reino (Mateus 6.19-21) e assim o testemunho será consequente, pois árvore se conhece pelo seu fruto (Mateus 7.15-23).
Conclusão Sermão da Montanha
Terminamos esse artigo reproduzindo os relatos de Mateus no final do “sermão da montanha” para ficar como a conclusão e incentivo para viver esses ensinos:
“Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha. E caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e bateram com violência contra aquela casa, mas ela não caiu, pois tinha seus alicerces na rocha.
Pois, todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. E caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e bateram com violência contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi a sua ruína. Quando Jesus acabou de pronunciar estas palavras, estavam as multidões atônitas com o seu ensino. Porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei” (Mateus 7.24-29).