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O que significa Sunamita?

Sunamita é toda mulher que vem de Suném, do original Shunem, que pertencia as terras da tribo de Issacar (Josué 19.17-23). Outra referência à Suném que podemos citar no A.T. foi que ali os filisteus se acamparam antes de uma batalha contra o rei Saul e seu povo (1º Samuel 28.4).

Encontramos a expressão Sulamita no livro “Cântico dos Cânticos 6.13” – “Volta Sulamita! Volta, por favor! Retorna para que possamos contemplar teu esplendor”. Estudiosos afirmam que o autor estava se referindo também as mulheres sunamitas e toda s sua formosura e beleza, personagem de destaque nesse livro.

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A mulher Sunamita

Uma mulher sunamita ganhou destaque no tempo do profeta Eliseu, não sabemos o seu nome, mas veja a sua história e a intervenção do Eterno na sua família e como ela foi usada por Ele para abençoar e prover as necessidades do profeta.

O livro de 2º Reis registra que Eliseu sempre passava por Suném e ficava na casa de um casal hospitaleiro daquelas terras: “Certa vez, Eliseu passou por Suném.

Ali, uma mulher rica insistiu em que ele ficasse para comer. Isso acabou virando costume. Toda vez que ele passava por lá, parava para uma refeição. A mulher disse ao marido:

‘Tenho certeza de que esse homem que nos visita é um santo homem de Deus. Porque não construímos um pequeno quarto de hóspede em cima da casa e colocamos uma cama, uma mesa, cadeiras e uma lâmpada, para que, quando ele vier, possa também se hospedar aqui? Quando Eliseu apareceu de novo, já pôde descansar no quarto” (4.8-11).

Certo dia Eliseu pediu a Geazi, seu ajudante, para chamar essa mulher sunamita e por meio dele mandou dizer a ela sobre sua gratidão reconhecendo que muito ela e sua casa haviam feito por eles e perguntou-lhe o que eles poderiam fazer para ajuda-la, mas a sunamita disse que eles não deveriam se preocupar, tendo em vista que ela estava satisfeita com tudo o que tinha.

Diante dessa respeita, Eliseu indagou Geazi sobre o que eles poderiam fazer para ajudar essa mulher e o ajudante disse-lhe que ela não tinha filhos e que seu marido já era idoso. Eliseu mandou chama-la e disse a ela:

“Essa hora, daqui um ano, você estará amamentando um filho’ e ela exclamou: ‘Ó, meu senhor, homem de Deus! Não dê falsas esperanças à sua serva!” (2º Reis 4.16).

Pouco depois, a sunamita concebeu como Eliseu havia lhe falado. O menino cresceu, mas num determinado momento da vida ele sentiu uma forte dor de cabeça e horas depois veio a óbito. A mulher colocou o corpo na cama que “era de Eliseu” em sua casa e foi ao encontro do profeta no monte Carmelo.

Ao chegar, diante da aflição da sunamita, Eliseu mandou Geazi ir até o menino com o cajado do profeta e tocar sobre o seu rosto, mas o menino nem se mexeu.

Então Eliseu foi até o menino, entrou no quarto, fechou a porta e estando apenas os dois, Eliseu orou ao Eterno e deitou na cama sobre o menino, o corpo do defunto começou a se aquecer, depois de um tempo, o menino começou a respirar e abriu os olhos. Depois disso chamou a Geazi e disse: “Traga a sunamita aqui!”. Ele a chamou e a trouxe para dentro do quarto e ela abraçou o seu filho que estava com vida novamente.

Essa mesma mulher volta aparecer um tempo mais tarde na história e vemos essa menção no começo do capítulo oito de 2º Reis. Eliseu, tinha dito a mulher “cujo filho havia sido ressuscitado” que ela e sua família deveriam ir morar em outro lugar, pois o Eterno mandaria fome sobre a terra e esse tempo duraria sete anos. A mulher fez o que o “homem de Deus”, Eliseu, recomendou e mudou-se dali. Ela e sua família viveram sete anos na terra dos filisteus.

Depois desse tempo, a mulher e sua família voltaram. Ela solicitou uma audiência com o rei e pediu de volta sua terra e sua casa. O rei conversava com Geazi, o ajudante, e pedia para contar-lhe alguns milagres acontecidos através de Eliseu e ele contou sobre a ressurreição do menino, filho da sunamita, quando a mulher apareceu e pediu para voltar a sua terra e o rei designou um oficial para acompanha-la e disse para devolver tudo o que pertencia a mulher, bem como o lucro da terra dela durante o tempo em que esteve ausente.

Outra sunamita do A.T. também é citada no livro de Reis, capítulos primeiro e segunda. O nome dessa sunamita nós conhecemos: Abisague, era uma moça bonita e serviu como ama do rei Davi na sua velhice e essa mesma moça foi “pedida por esposa” à Adonias, após a morte do rei.

Conclusão

Essas são mais histórias de personagens bíblicos sem grande destaque e alguns nem sabemos os nomes, mas que foram usadas por Deus para abençoar os seus amados no tempo e, também sendo amados pelo Pai, experimentaram o milagre pela fé e tinham um coração generoso sendo canal da provisão e recebendo de Deus a sua provisão, como a sunamita nos tempos de Eliseu.

Que assim como esses personagens, nossas histórias sejam eternizadas e abençoadoras para a vida de outras pessoas e nas próximas gerações para a glória do nome de Jesus.

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