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História de Estevão

Estevão, escolhido como diácono para o serviço do Reino (Atos 6.1-5) era um homem cheio do Espírito Santo, a graça e o poder de Deus estavam sobre ele, seu entendimento e coração transbordavam em fé. Estevão, pelo Espírito Santo, realizava prodígios e sinais milagrosos entre as multidões (Atos 6.5 e 8).

A história de Estevão está registrada em Atos dos Apóstolos e até esse momento da carta, o autor, o amado médico Lucas, havia contado apenas as ações dos apóstolos, porém agora começamos a ver outros sendo usados por Deus para ministrar sobre o povo sinais e prodígios, bem como testemunhar do evangelho.

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A oposição a Estevão

Estevão estava cumprindo o seu ministério, mas em determinado momento levaram até ele alguns membros da sinagoga dos Libertos, dos judeus de Cirene e de Alexandria, assim como das províncias da Cilícia e da Ásia, e estes homens, começaram a discutir com Estevão, contudo, não podiam resistir a sua sabedoria e ao Espírito com que ele argumentava (Atos 6.9-10).

Esses homens recebiam o nome de “Libertos” porque eles eram descendentes dos judeus levados cativos para Roma por Pompeu, o imperador, em torno dos anos 63 antes de Cristo, e que foram libertos juntos com outros judeus das regiões mencionados nessa passagem bíblica.

Calunia contra Estevão

Porém, num propósito, esses homens chamaram outros homens e os subornaram para caluniarem Estevão com a seguinte afirmação:

“Nós o temos ouvido proferir palavras ultrajantes contra Moisés e contra Deus” (Atos 6.11).

Estevão é levado ao Sinédrio

Com essa mentira, conseguiram incitar o povo, os líderes religiosos e os mestres da lei, ao ponto de prenderem Estevão e o conduzirem para a presença do Sinédrio apresentando ali falsas testemunhas que alegavam:

“Este homem não para de proferir blasfêmias contra este santo lugar e contra a lei” (Atos 6.13).

O templo era o lugar santo e mais precioso para os judeus, pois ali era a habitação de Deus para eles e a lei oferecia, segundo eles, como o único caminho para a salvação a obediência a Lei e aos sacrifícios no Templo, sendo assim, qualquer fala de quem quer que seja contraria a isso era absurda e considerada blasfêmia com sentença de morte.

A mesma lei indicava que diante das acusações, todo o acusado tinha o direito ao julgamento justo mediante várias testemunhas, porém os acusadores de Estevão usavam de mentiras e invenções insanas para condená-lo. Eles diziam:

“Porquanto nós o temos ouvido proclamar que esse Jesus de Nazaré destruirá este lugar e mudará as tradições que Moisés nos legou” (Atos 6.9).

O evangelho não duraria dentro dos estreitos e legalistas limites do judaísmo. Então, todos os que estavam assentados no Sinédrio, ao fixarem seus olhos em Estevão, viram que seu rosto parecia como o rosto de um anjo (Atos 6.10). Um fenômeno físico-espiritual de transfiguração na presença de um acompanhante sobrenatural.

O testemunho de Estevão

Então, o sumo sacerdote perguntou a Estevão se essas acusações eram verdadeiras e diante disso ele fez declarações de sua fé dando testemunho de Abraão (Atos 7.2-8), de José (Atos 7.9-19), de Moisés (Atos 7.20-44), de Josué e Salomão (Atos 7.45-47), contando suas histórias e as intervenções divinas, bem como o cuidado de Deus nos detalhes do tempo.

Ao final, Estevão afirma: “O Altíssimo não habita em casas feitas por mãos humanas, como revela o profeta: ‘O céu é o meu trono, e a terra estrado dos meus pés. Que espécie de casas podereis me construir, diz o Senhor, ou ainda, onde seria o lugar do meu repouso? Ora, não foram as minhas mãos que criaram todas essas coisas?’. Homens duros de entendimento e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis o Espírito Santo. Da mesma forma como agiram vossos pais, assim vós fazeis também. Que profeta vossos antepassados não perseguiram? Assassinaram até mesmo os que anteriormente anunciaram a chegada do Justo, do qual agora vos tornastes traidores e homicidas. Vós, que recebestes a Lei por ministração de anjos, porém não a obedecestes” (Atos 7.48-53).

A condenação de Estevão

Toda palavra liberada merece uma resposta, seja qual for, mas infelizmente o coração dessas pessoas não se quebrantou e arrependeu-se, pelo contrário, ao ouvir tais palavras, eles se enfureceram grandemente no coração e rilhavam os dentes contra Estevão.

Contudo, Estevão, homem cheio do Espírito Santo, ergueu os olhos em direção ao céu e contemplou a glória de Deus, e Jesus em pé, à direção de Deus e exclamou:

“Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, a direita de Deus”, e ouvindo isso eles taparam os ouvidos, pois não podiam suportar tal revelação e a presença do Espírito Santo intensa naquele lugar, e, aos berros, o lincharam e arrastando Estevão para fora da cidade o apedrejaram (Atos 7.54-57).

As testemunhas (primeiras pessoas que acusaram Estevão e tiveram a oportunidade de serem as primeiras a executar a pena – o apedrejamento) deixaram suas roupas aos pés de um jovem chamado Saulo (este era o apóstolo Paulo antes da sua conversão ao evangelho – Atos 22.20 – ele passou de perseguidor a perseguido). Assim, enquanto era apedrejado, Estevão declarava em oração: “Senhor Jesus, receba meu espírito”, então caiu de joelhos e clamou em alta voz:

“Senhor, não lhes atribua este pecado” e tendo dito essas palavras adormeceu – morreu (Atos 7.80).

Saulo, supervisor da execução e membro do Sinédrio, estava aprovando o assassinato de Estevão.

Conclusão

Estevão é conhecido como o primeiro mártir da igreja no Novo Testamento. Depois de Estevão houve outros mártires e ainda haverá até que seja Dia Perfeito (Apocalipse 6.9-11).

Mas será que nós estamos dispostos a morrer pela causa do evangelho e pela mensagem que nós pregamos? Só é possível quando se é cheio do Espírito Santo, pois ele é a nossa força para sermos testemunhas até os confins de terra (Atos 1.8).

Há países declaradamente opositores do evangelho, onde ter uma bíblia é motivo para pena de morte ou prisão perpetua. Na verdade, não existe igreja livre, pois onde há um irmão perseguido, os outros cristãos estão perseguidos também: isso é corpo!

Estevão foi contemplado com o que todo cristão almeja: ele contemplou o Rei dos Reis. Isto é privilégio para os fieis.

É interessante perceber que a morte de Estevão muito se assemelha a morte do Senhor Jesus: Estevão foi condenado injustamente assim como Jesus.Estevão clamou por misericórdia e perdão dos seus acusadores e executores assim como Jesus (Lucas 23.34). Estevão sabia quem era e entregou seu espírito a Jesus, assim como Jesus entregou seu Espírito ao Pai (Lucas 23.46).

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