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A Marca e o Número da Besta – Apocalipse

São muitas curiosidades e especulações sobre a revelação de Apocalipse. São frequentes as perguntas: O que aquele texto está querendo dizer? O que aquela expressão representa? Quando esses fatos acontecerão? Hoje tentaremos elucidar o tema “a marca e o número da besta”, porém para entender precisamos conhecer o contexto desses fatos.

Para elaboração e enriquecimento deste artigo estamos nos valendo das palavras de um estudo precioso e preciso do Reverendo Hernandes Dias Lopes sobre tal, disponíveis nas plataformas digitais. Se um dia ele ler esse artigo saberá que contribuiu poderosamente no ensino e a quem desde já entregamos nossa gratidão.

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Contexto de Apocalipse

O apóstolo João, conhecido como o “discípulo amado”, autor do evangelho e das epistolas que levam o seu nome, cerca de 93 d.C., estava na Ilha de Patmos (Mar Ergeu – Atualmente esta ilha pertence à Grécia, mas na época de João foi propriedade do Império Romano na Ásia Menor e um dos locais para onde eram banidos os ofensores políticos e presos políticos), e recebeu a “revelação de Jesus, que Deus lhe concebeu para mostrar aos seus servos os acontecimentos que em breve devem se realizar, e que Ele, por intermédio do seu anjo, expressou ao seu servo João” (Apocalipse 1.1), ensinando a mensagem através símbolos – é exatamente assim que afirmam os termos originais do grego.

Versículo Base:

“Ela obrigou a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos a aceitarem certa estampa de marca não mão direita ou na testa, a fim de que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser que apresentasse tal marca, que é o nome da Besta ou o número do seu nome. Aqui é preciso decifrar. Aquele que tem sabedoria calcule o número da Besta, pois o número representa o nome de um ser humano. Seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Apocalipse 13.16-18).

Trecho da carta do Apocalipse

Nessa parte do texto bíblico a revelação é de três atuações satânicas: o dragão que persegue a mulher, a besta que se levantou do mar e a besta que se levantou da terra, esses registros estão em Apocalipse 12.13 – 13.18. Vamos entender um pouco o que isso representa a seguir, contudo é de chamar a atenção o número “três”, pois Satanás “desde sempre” tentou imitar a Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – e no fim dos tempos tentará dar a sua cartada final antes de ser completamente e eternamente derrotado.

Que bom saber que nós, a igreja de Jesus, já sabemos o final dessa história, pois quem escreveu foi o nosso Senhor e Pai.

O dragão citado em Apocalipse

O dragão aqui representa o próprio diabo que embora derrotado não desisti de destilar toda a sua revolta e fúria mortal contra os cristãos e Israel (a representação da mulher) perseguindo-os – “Então, irou-se tremendamente o Dragão contra a mulher e partiu para atacar o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fieis ao testemunho de Jesus” – o ataque e perseguição aumenta ano após ano até alcançar a chamada “Grande Tribulação” que antecederá à segunda vinda de Jesus Cristo.

A Besta que Surge do Mar

A besta que surge do mar (Apocalipse 13.1-10), o Anticristo tentará imitar a Jesus Cristo, no sentindo de encarnar-se, morrer e ressuscitar, será uma espécie de encarnação de Satanás, que passará pela morte e um simulacro da ressurreição.

Essa figura surgirá das nações num momento em que o mundo estará em profundo desespero e caos e ele terá o poder para seduzir e conquistar as pessoas.

O Reverendo Hernandes Dias Lopes, em seu estudo enfatiza tentando-nos explicar que: “

1- Ele se levantará num contexto de grandes convulsões naturais (terremotos, epidemias e fomes);

2 – Ele aparecerá num tempo de grande convulsão social (Será um tempo de guerras e rumores de guerra onde reinos se levantarão contra reinos – o mundo será um verdadeiro campo de guerra);

3 – Ele surgirá num tempo de profunda inquietação religiosa – Ele brotará do ventre da grande apostasia. Os homens obedecerão ensinos de demônios, os falsos mestres e falsos cristos estarão sendo recebidos com entusiasmo. Nesse tempo haverá duas igrejas: a apostata e a fiel;

4 – Ele surgirá oferecendo solução aos problemas mundiais, o mundo estará seduzido pelo seu poder, os homens estarão gritando por paz quando lhes sobrevirá repentina destruição. O historiador Arnold Toynbee disse: ‘O mundo está pronto para endeusar qualquer novo Cesar que consiga dar a sociedade caótica unidade e paz’;

5 – Ele surgirá num tempo de profunda desatenção à voz do juízo de Deu;

6 – Ele incorporará todo o poder, força e crueldade dos grandes impérios do passado – A besta que sobe do mar simboliza o poder perseguidor de Satanás incorporado em todas as nações e governos do mundo através de toda a história, essa besta toma diferentes formas, no fim se manifestará na pessoa do homem da iniquidade.

O anticristo vai manifestar-se com um grande milagre, esse fato é tão importante que João o registra três vezes (3, 12 e 14), certamente não será uma genuína ressurreição dentre os mortos, mas será o simulacro da ressurreição, produzido por Satanás.

O propósito dessa misteriosa transação será conceder a Satanás um corpo. Satanás governará em pessoa. O anticristo será uma espécie de encarnação de Satanás. A maioria dos estudiosos vê nessa figura a lenda do Nero redivivo. Nero se suicidou em 68 d.C., em um ano no meio de golpes surgiram 4 imperadores: Galba, Oto, Vitélio e finalmente Vespasiano.

Depois surgiu a lenda de que Nero não tinha morrido, mas escapado para o oriente, e que voltaria em triunfo. No tempo de João, Domiciano foi chamado o segundo Nero. O anticristo vai realizar grandes milagres. (2ª Tessalonicenses 2.9,10) – “Ora o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira”.

Hoje vivemos numa sociedade ávida por milagres. As pessoas andam atrás de sinais e serão facilmente enganadas pelo anticristo. O anticristo vai ditar e disseminar falsos ensinos (2ª Tessalonicenses 2.11) – Nesse tempo os homens não suportarão a sã doutrina (2ª Timóteo 4.3), mas obedecerão a ensinos de demônios (1ª Timóteo 4.1).

As seitas heréticas, o misticismo e o sincretismo de muitas igrejas pavimentam o caminho para a chegada do anticristo. O anticristo vai governar na força de Satanás (Apocalipse 13.2) – ‘Deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade’.

Na verdade quem vai mandar é Satanás. Os governos subjugados por ele vão estar sujeitos a Satanás. Será o pouco tempo de Satanás. O período da grande tribulação. O governo do anticristo vai ser universal, pois o Satanás é o príncipe deste mundo. O mundo inteiro jaz no maligno. Aquele reino que Satanás ofereceu a Cristo, o anticristo o aceitará.

Ele vai dominar sobre as nações. ‘Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação’ (Apocalipse 13.7). O governo universal do anticristo será extremamente cruel e controlador (Apocalipse 13.16,17). O seu poder será irresistível (Apocalipse 13.4).

A grande pergunta será: “Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” O anticristo vai se tornar irresistível – Ele será singular e irresistível. Terá a aparência de um inimigo invencível. Contra Deus e os santos que estão no céu vai blasfemar. Contra a igreja que estará na terra, ele vai perseguir e matar (7,15b).

Ele será objeto de adoração em toda a terra, O grande e último plano do anticristo é levar seus súditos a adorarem a Satanás (Apocalipse 13.3,4). Esse será o período da grande apostasia. Nesse tempo os homens não suportarão a verdade de Deus e obedecerão a ensinos de demônios.

A marca da Besta

O Humanismo idolátrico – O endeusamento do homem e sua consequente veneração é uma prática satânica. Adoração ao homem e adoração a Satanás são a mesma coisa. Essa adoração será universal, exceto aqueles cujo nome está escrito no Livro da Vida, Satanás vai tentar imitar Deus também nesse aspecto. Ao saber que Deus tem os seus selados, ele também selará os seus com a marca da besta (Apocalipse 13.8, 16-18).

Todas as classes sociais se acotovelarão para entrar nessa igreja apóstata e receber a marca da besta (13.16), que dominará o mundo em todas as suas esferas – o anticristo perseguirá de forma cruel aqueles que se recusarem a adorá-lo (Apocalipse 13.7,15) – Esse será um tempo de grande angústia.

A igreja de Cristo nesse tempo será uma igreja mártir (Apocalipse 13.7,10). Mas os crentes fiéis vão vencer o diabo e o anticristo, preferindo morrer a apostatar (Apocalipse 12.11). Ele fará oposição aberta a Deus e a igreja de Cristo.

Paulo diz que ele “se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”.

João declara: “e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome”. Diz ainda: “Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”. O anticristo vai usar todas as suas armas para ridicularizar o nome de Deus. Ele vai fazer chacota com o nome do Altíssimo. O anticristo fará violenta e esmagadora oposição contra a igreja”.

A Besta que Surge da Terra

O Reverendo Hernandes Dias Lopes continua dizendo: “A besta que surge da terra, o falso profeta, levará os homens a adorarem a primeira besta (que nós estávamos falando anteriormente). A segunda besta seduzirá o mundo inteiro a adorar a primeira besta (Apocalipse 13.11-15) – Se a primeira besta é o braço de Satanás, a segunda é a mente de Satanás. Ela é o falso profeta. A primeira besta age no campo político, a segunda no campo religioso.

O Falso Profeta vai preparar o terreno para o anticristo e vai preparar o mundo para adorá-lo. A primeira besta será conhecida pelo seu poder conquistador, pela sua força.

A segunda besta será conhecida pelo seu poder sobrenatural, de fazer grandes milagres. A segunda besta usará também a arma do controle para garantir a adoração da primeira besta (Apocalipse 13.16-18)

Esse será um tempo de cerco, de perseguição, de controle, de vigilância, de monitoramento das pessoas, no aspecto político, religioso e econômico – lembrem-se da marca.

Todo regime totalitário busca controlar as pessoas e tirar delas a liberdade. A recusa na adoração à primeira besta implica em morte (v. 15b). A segunda besta usará um selo distintivo para os adoradores da primeira besta (Apocalipse 13.18; 14.9-11) – Assim como a noiva do Cordeiro recebe um selo (Apocalipse 7.3; 9.4), também os adoradores da besta recebem uma marca (Apocalipse 13.16).

Então só haverá duas igrejas na terra, aquela que adora a Cristo e aquela que adora o anticristo. Assim como os que recebem o selo de Deus terão a vida eterna, os que recebem a marca da besta vão perecer eternamente (Apocalipse 14.11; 20.4).

O anticristo no seu cumprimento profético foram governos anticristãos e totalitários ao longo dos séculos que perseguiram a igreja, assim, como o falso profeta simboliza as religiões e as filosofias falsas deste mundo que desviaram os homens de Deus para adorarem o anticristo e o dragão.

Ambas as bestas se opõem a igreja durante toda a dispensação. Mas, o anticristo aponta para um personagem escatológico que reunirá toda a maldade dos impérios e governos totalitários. O anticristo será uma pessoa, ele é o homem da iniquidade, o filho da perdição, o abominável da desolação, a besta que emerge do mar, a encarnação de Satanás: Os cristãos primitivos entenderam que ele era Nero.

Os reformadores entenderam que ele era o Papa romano. Estudiosos modernos disseram que foi representado por Napoleão, Hitler, Mussoline.

O numero 666o-numero-da-besta

Seu número é 666. Sete é o número perfeito, seis o número imperfeito. Seis é o número do homem, o número incompleto, imperfeito, o número do fracasso. O número do anticristo é fracasso, sobre fracasso, sobre fracasso.

Ele incorporará a plenitude da imperfeição, a consumação da maldade. O anticristo tem um poder limitado – visto que pode matar os santos, mas não vencê-los. Os verdadeiros crentes preferirão a morte à apostasia (Apocalipse 13.8), vencendo assim a besta (Apocalipse 15.2). Eles não temem aquele que só pode matar o corpo e não a alma.

O anticristo também não pode fazer nada contra Deus e contra os remidos na glória, a não ser falar mal (Apocalipse 13.6). O anticristo tem um tempo limitado (Apocalipse 13.5) – Quando o seu tempo acabar, ele mesmo será lançado no lago do fogo (Apocalipse 19.20).

A igreja selada por Deus (Apocalipse 9.4), preferirá a morte à apostasia e assim vencerá o dragão e o anticristo (Apocalipse 12.11). Aqueles cujos nomes estão no livro da vida não adorarão o anticristo (Apocalipse 13.8). Esses reinarão com Cristo para sempre”.

Conclusão

Tudo está sob o controle eterno de Deus. Eu, de todo o meu coração, não acredito que as coisas que acontecem no mundo não sejam permissão de Deus, pois é Ele e apenas Ele quem tem “o sim e o não” em sua boca, portanto se Ele fala acontece, contudo se Ele mesmo diz que não acontecerá é porque realmente não acontecerá.

Pode crê e só será possível passar por tudo isso que lemos acima na força Dele. Lemos acima uma breve explicação sobre os acontecimentos que estão por vir e que já foram revelados ao povo de Deus.

Satanás em toda a história tentou ser igual a Deus, desde a criação até o fim dos tempos, contudo isso é algo absolutamente impossível de acontecer porque não há nada que se compare a Deus.

A perseguição ferrenha como um ataque final virá, a marca da besta será como um sinal naqueles que enganados se sujeitaram as propostas e governo de Satanás, adorando-o de todas as formas, porém aqueles que são selados no Espírito Santo não se sujeitaram, seus olhos serão abertos e entenderão perfeitamente o que está acontecendo, pois o próprio Espírito testificará em seus corações e ninguém poderá enganar os santos que optarão pela morte, se necessário, ao invés de cair nessa mentira.

Serão dias de aparente paz no começo, se soluções para o mundo em caos, mas que acabaram em grande tormenta e tribulação absoluta. Aqueles que resistirem até o fim receberão seu galardão. Maranata! Ora vem Jesus.

Projeto Gospel

O Projeto Gospel foi projetado para levar a palavra de Deus ao máximo de pessoas possível, através da Internet. Juntamente com alguns colaboradores traz “estudos, sermões, histórias, significados entre outras categorias relacionadas”.

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