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História de Jó, Quem foi Jó?

Um pouco sobre a história de jó, um Homem Próspero, também muito Temente a Deus que se desviava do mal. Dentre os personagens bíblicos do Antigo Testamento, certamente Jó é um dos mais conhecidos. Jó tem um livro exclusivo dentre os trinta e nove do Antigo Testamento acerca de sua história de vida.

Sobre o livro de Jó, não é claro quem é o autor da obra, porém sem dúvidas o “oculto autor” teve acesso a documentos preciosos que puderam na direção do Espírito Santo relatar detalhes da vida desse homem.

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Quem foi Jó?

Um homem do período patriarcal (cerca de 2.000 antes de Cristo), Jó era considerado integro e justo, que amava e temia a Deus, bem como se desviava do mal. Essa condição não era descrita “por terceiros”, mas segundo as Escrituras, o próprio Deus tinha essa afirmação a respeito dele.

Com permissão do Senhor, que colocou Jó a prova, Satanás pôde tocar naquele homem, com a ordem de poupar a sua vida. O Eterno sempre tem o controle de tudo e Satanás sempre vai até onde Ele permitir na vida daqueles que “são do alto”.

Jó “do dia pra noite” perdeu seus bens e família, além disso, se viu gravemente enfermo. Não é difícil imaginar como ficam as emoções de um homem quando está passando por essa prova recebendo o incentivo da própria esposa para “amaldiçoar a Deus e morrer” e de seus amigos que em muitas ocasiões mostram uma legalidade e falta de sensibilidade a seu respeito.

Jó murmurou e naturalmente se encheu de questões sobre o próprio Deus, mesmo que tentando se guardar, mas toda essa trágica experiência, por fim, o aproximou mais do Senhor que se revelou de maneira mais significativa a Ele, perdoou suas murmurações e restituiu em dobro tudo o que lhe havia sido ceifado.

No final Jó pode declarar: “Antes eu conhecia a Deus de ouvir falar, mas agora é de com Ele mesmo andar”.

As referências das informações estão todas no livro de Jó e no decorrer desse texto, amplamente pontuadas nas frases.

As referências sobre Jó

As Sagradas Escrituras dizem que Jó era um ser humano bom, honesto e justo; amava a Deus e evitava praticar o que era mal (1.1).

A família de Jó

Jó era casado e tinha o total de dez filhos, sendo sete homens e três mulheres (1.2). Jó tinha uma família unida. Seus filhos costumavam visitar uns aos outros e cada vez um deles preparava um banquete e mandava convidar suas três irmãs para comer e beber com eles (1.4).

Passado o período das festas, Jó chamava seus filhos e fazia com que se santificassem por meio dos ritos de purificação. Jó também apresentava ofertas de holocaustos em nome de cada um deles, pois pensava: “Talvez meus filhos tenham pecado, ainda que no íntimo de cada um, e assim blasfemado contra Deus em seus corações” (1.5).

As posses de Jó

Jó possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Tinha também muitos servos a ser serviço. Jó era o homem mais rico entre todos os habitantes do Oriente de sua época (1.3).

O Eterno e o Acusador

Certo dia, Satanás, o Acusador, se aproximou de Deus e o Eterno lhe indagou: “De onde vens?” e ele respondeu: “De perambular pela terra e vir pelos caminhos do mundo” (1.6).

O diálogo prosseguiu: “Observastes o meu servo Jó? Em toda a terra não há ninguém como ele: ser humano íntegro e justo, que ama e teme a Deus e se desvia do mal” (1.8). Satanás é arrogante e pergunta se Jó, na verdade, não era movido em seu intimo de segundas intensões, pois dizia que ele era protegido por Deus e em nada era tocado, então Satanás afrontou a Deus: “Estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará e blasfemará diante da tua face” (1.11).

Diante disso, o Senhor Deus reagiu: “Concedo-te poder para destruir tudo o que ele possui, apenas não estende a tua mão contra a pessoa dele” (1.12).

As perdas de Jó

Por permissão do Eterno, Jó perdeu seu gado e seus servos morreram em ataques de invasores (1.13-17). Jó perdeu os filhos e filhas que estavam juntos numa casa que desabou com um forte vento que atingiu a região (1.18-19).

A reação momentânea de Jó

Ao ouvir todas as tragédias que o atingiu, Jó exclamou em oração: “Nu deixei o ventre de minha mãe e nu também voltarei da terra. O Eterno deu e o Eterno tomou, louvado seja o Nome do Senhor” (1.21).

As provações de Jó aumentam

Jó passou a ser afligido com feridas terríveis que iam da sola dos pés até o alto da cabeça, então ele lançava mão de um caco de cerâmica e com ele se coçava, raspando suas feridas, sentado sobre cinzas (2.7-8).

O estado de Jó ficou deplorável: “Estou reduzido a pelo e ossos, e apenas minhas gengivas ainda não estão inflamadas” (19.20). Que situação.

O argumento da esposa de Jó

A esposa de Jó diante de todo esse contexto lhe disse: “Deixe de ser teimoso em sua lealdade, isso não vai resolver nada, amaldiçoa logo a Deus e morre” (2.9).

Mas Jó declarou a ela: “Tu falas como uma louca. Porventura receberemos de Deus apenas o bem que desejamos e não também o infortúnio que Ele nos permite?”. E em toda essa provação os lábios de Jó não o fizeram vacilar e pecar. (2.10).

Os amigos de Jó

Três amigos de Jó, ouvindo falar da desgraça que atingiram aquele homem, foram visita-lo. Quando aqueles homens o avistaram de longe, mal puderam reconhecê-lo e romperam em lamentação e profundo choro. Eles ficaram sentados no chão, na companhia de Jó, durante sete dias e sete noites seguidos, e nenhum deles dizia a Jó qualquer palavra, pois ao contemplar o seu grande sofrimento não encontravam forças para dizer nada (2.11-13).

O lamento e argumentos de Jó

Diante de todo esse contexto, Jó chegou a lamentar o dia do seu nascimento: “Que seja aniquilado na história o dia do meu nascimento e a noite em que se anunciou: ‘Um Varão nos nasceu!’” (3.3).

É totalmente compreensível que mesmo sendo considerado um homem temente a Deus, Jó tenha em determinados momentos murmurado e questionado a soberania de Deus sobre ele e como que Deus agia e reagia em relação a cada ser humano, pois sendo ele um homem integro estava enfrentando tamanha provação.

Os amigos de Jó, podemos entender que tentaram às vezes ajudar, ao seu lado faziam ponderações e até incitavam Jó a buscar a Deus: “Pois é ele quem abre a ferida, mas ele mesmo a trata, ele fere, mas com suas próprias mãos pode curar” (5.18).

Mas esses mesmos amigos, por vezes se apresentaram como críticos, insensíveis, legalistas e acusadores, faltando-lhes muita sensibilidade, pois não foram “poucas vezes” que questionavam que Jó estava com pecado oculto e que toda aquela situação era fruto desse  pecado. Em determinado momento Jó desabafou e questionou a Deus: “Lembra-te, ó Deus, de que a minha vida não representa mais que um sopro; meus olhos jamais tornarão a contemplar a felicidade. Se errei e pequei, que mal te causei, ó tu que vigias todos os seus humanos? Por qual razão me tornaste teu alvo? Porventura me transformei num fardo pesado e inútil para ti?” (7.7; 20).

Num estado depressivo, Jó viveu aqueles momentos de tribulação quando a vida não parecia ter saída, ele mesmo achou que a morte seria a melhor opção para o aparente abandono do alto e pressão externa, além de suas dores no corpo e na alma (6.6-7).

Em outro momento, do longo debate/conversa com seus amigos relatado no livro de Jó, o personagem principal declara: “Portanto, tende compaixão de mim, meus caros amigos, tende misericórdia da minha pessoa; pois foi a mão de Deus que me feriu” (19.21). Ao ponto de num momento sua alma gritar toda a dor e a amargura que sente contra Deus e, principalmente contra todo o sofrimento que lhe acometera (9.16-20; 22-24). Jó também chegou a achar que Deus estava irado com ele e ele mesmo se achava inocente.

A esperança de Jó

Em meio a dor, Jó bradava a sua declaração de fé: “Contudo, eu sei que meu Redentor vive, e que no fim se levantará para me defender e vindicar ainda que eu esteja no pó do meu túmulo. E depois que todo o meu corpo estiver consumido pela terra, sem carne, então contemplarei a face de Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos, eu pessoalmente, não outra pessoa o verá e me dirá como ele é! Oh! Quão intenso é o desejo do meu coração por esse dia!” (19.25-27).

A saudade de Jó

E expressa o íntimo do seu desejo: “Ah! Quanta saudade tenho dos meses passado, dos bons dias em que Deus me protegia do mal, quando a sua lâmpada brilhava sobre a minha cabeça, e mediante a sua luz eu caminhava seguro em meio à mais densa escuridão. Como tenho saudade dois dias de plena saúde, quando a amizade de Deus abençoava a minha casa!” (29.2-4).

Deus se revela a Jó

Em determinado momento os amigos de Jó pararam de contestá-lo, porquanto ele insistia em defender sua total inocência e justiça, por exemplo, frente aos questionamentos dos amigos. A conversa já estava se perdendo e eles não se entendiam mais, pois se tornou um verdadeiro debate.

Contudo um jovem chamado Eliú havia acompanhado todos os acontecimentos, porém em silêncio, em respeito aos outros que eram mais velhos, mas nesse momento decidiu intervir para afirmar que Jó e os três amigos estavam errados nas colocações, cada um na sua forma de agir e reagir, bem como ele veio para apontar sobre o favor da bondade e justiça perenes de Deus, pois o Eterno não muda diante dos contextos humanos.

E na sequencia, Deus respondeu pessoalmente a Jó no meio de um tufão (38.1, 40.6), e ele acabou recebendo uma visível resposta de Deus diante de todas as suas questões.

Jó pede perdão a Deus

Jó se arrepende da sua revolta e murmuração e o Senhor lhe perdoa:

“Sei que podes realizar tudo quanto desejares, absolutamente nenhuma das tuas ideias e vontades serão frustradas! De fato falei do que não entendia, abordei assuntos sobremodo complexos sem a devida sabedoria.

De fato, meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, contudo, agora os meus olhos te contemplaram! Por essa razão menosprezo a mim mesmo e me arrependo sinceramente no pó e na cinza” (42.2-6).

Entendendo ainda que a provação estreitou ainda mais sua comunhão e intimidade com Deus, pois Ele hoje o conhecia com outro olhar e sentimento.

Deus abençoa Jó em dobro

E depois que Jó intercedeu pelos seus amigos, que também tiveram “sua vez com o Eterno” e precisou por meio de Jó apresentarem ofertas de holocaustos, o Senhor tornou a Jó novamente prospero e lhe concedeu em dobro tudo o que possuía antes (42.10).

O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o inicio. Ele teve 14.000 ovelhas; 6.000 camelos; 1.000 juntas de boi e 1.000 jumentos. Também lhe nasceram mais 07 filhos e 03 filhas (42.12-15).

O tempo do sofrimento havia acabado e o Jó havia passado por ele e experimentado fase a fase desse momento de sua vida.

A morte de Jó

Depois de todos esses acontecimentos, Jó ainda viveu 140 anos, viu seus filhos e os descendentes deles até a quarta geração até vir a óbito (42.16).

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