No Antigo Testamento, no período do êxodo, o Eterno deu uma ordem a Moisés: “Faze-me, também, um santuário, para que Eu possa habitar entre o meu povo. Farás tudo de acordo com o modelo do Tabernáculo e as instruções para mobília que Eu te revelar” – Êxodo 25.8-9.
Ele mesmo foi o arquiteto responsável por essa obra substancial daqueles dias. Os detalhes desse projeto encontram-se no Êxodo 26.
O que Significa Tabernáculo?
Indice
Derivado do hebraico “mishkân” tem o sentido de “habitação, templo, moradia, tenda, cabana e casa”, simbolicamente o tabernáculo representava a tenda/habitação/templo de Deus (sua santa presença) no meio do seu povo.
Era nessa tenda onde, além da adoração, sacrifícios poderiam ser apresentados como oferta para perdão dos pecados. Sua estrutura básica devia medir 5 metros de largura, 15 metros de comprimento e 5 metros de altura.
Estudo sobre Tabernáculo
O tabernáculo era organizado em três áreas: o Pátio, o Santo Lugar e o Santíssimo Lugar.
No pátio era o lugar onde todo o povo ficava, portanto pode-se imaginar que ali acontecia de tudo e chegavam pessoas carregando todos os tipos de bagagens existenciais das consequências de seus atos. Tudo podia acontecer naquele pátio. Era ali também que os sacerdotes abençoavam o povo.
Na entrada da tenda ficava uma bacia onde os sacerdotes deveriam se lavar antes de oferecer ofertas no altar do Eterno como uma purificação para que assim sendo não morresse, essa bacia pode ser conhecida como a “bacia da purificação” – Êxodo 30.17-21.
No Santo Lugar, apenas os sacerdotes podiam entrar depois de terem se purificado e com roupas especiais.
No Santíssimo Lugar ou Santo dos Santos ficava a arca da aliança, lugar bem reservado dentro do Tabernáculo, a arca é a representação máxima da presença do Eterno e ali somente o sumo sacerdote poderia adentrar nela com muito cuidado e temor para oferecer sacrifício pelo perdão dos pecados de todos.
O Tabernáculo nos Nossos Dias…
“Concluindo, tendo em vista que temos um grande sumo sacerdote que foi capaz de adentrar os céus, Jesus, o Filho de Deus, mantenhamos com firmeza nossa declaração pública de fé. Pois não temos um sumo sacerdote que não seja capaz de compadecer-se das nossas fraquezas, mas temos o Sacerdote Supremo que, à nossa semelhança, foi tentado em todas as formas, porém sem pecado algum” – Hebreus 4.14-15.
Hoje nós não precisamos de alternativas ou pontes para nos achegar a presença de Deus. Jesus colocou-se na condição de sumo sacerdote para oferecer o sacrifício pelo perdão dos nossos pecados. Contudo, Ele mesmo foi o sacrifício perfeito e definitivo e Nele nós temos acesso a Deus, pois por Sua obra fomos reconciliados e recebidos à família de Deus pela fé. Em Jesus já não há separação entre nós.
O Tabernáculo, a presença de Deus, não está mais em templos feitos por mãos humanas, mas Ele faz do seu primeiro santuário (e isso é lindo) pessoas que se rendem a Ele, pois o Espírito Santo habita em pessoas –
“Ou ainda não entendeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não pertenceis a vós mesmos?” – 1ª Coríntios 6.19.
A presença Dele está em nós até que chegue o dia em que os salvos habitaram na nova Jerusalém onde a Sua presença é 100% conhecida – Apocalipse 21 e 22.