O grupo conhecido como “fariseus” aparece em destaque em vários trechos bíblicos do Novo Testamento, especialmente em cenários onde os autores descrevem as obras do ministério de Jesus.
O termo “fariseus” é encontrado nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como há menções na carta de Lucas chamada Atos dos Apóstolos.
Um grupo dotado de grande conhecimento das “Leis de Moisés” se opunha extremamente à pessoa de Jesus e, inconformados com a sua forma de ser e se revelar, buscavam meios de coloca-lo à prova com o intuito de desmoralizá-lo, escandalizá-lo, julgá-lo, condená-lo e mata-lo:
- “Os fariseus e os saduceus aproximaram-se de Jesus e, para prová-lo, pediram que lhes mostrasse um sinal vindo do céu” – Mateus 16.1.
- “Alguns fariseus também chegaram até Ele e, para prová-lo, questionaram-lhe: ‘É lícito o marido se divorciar da sua esposa por qualquer motivo” – Mateus 19.3.
- “Alguns dos fariseus estavam procurando uma razão para acusar Jesus, por isso o observavam com toda a atenção, a fim de constatar se Ele iria curá-lo em pleno sábado” – Marcos 3.2.
- “Diante disso, retiraram os fariseus e iniciaram, em acordo com os herodianos, uma conspiração contra Jesus, e tramaram um meio de condená-lo a morte” – Marcos 3.6.
- “Os doutores da Lei e os fariseus estavam ávidos para achar algum motivo pelo qual pudessem acusar Jesus; e por isso o observavam com toda a atenção, a fim de perceber se Ele o haveria de curar durante o sábado” – Lucas 6.7.
Quem eram os Fariseus?
Indice
Denominada como uma seita, os fariseus formavam um grupo respeitado pela comunidade judaico nos tempos de Jesus. Os passos dos fariseus eram bem observados e seus ensinamentos considerados.
Os saduceus, outro grupo da época, pertencentes à elite econômica e às famílias sacerdotais, não criam num agir sobrenatural do Eterno na vida das pessoas, bem como não concordavam com a interpretação que os fariseus faziam das Leis de Deus, contudo ambos – os saduceus e os fariseus – não concordavam ainda mais com a forma de Jesus, o Filho Amado de Deus, se revelar, portanto para fazer oposição a Ele, se uniram e assim estavam a todos instante se colocando na condição de inimigos perseguidores de Jesus.
Os fariseus interpretavam a Lei, buscavam obedecer e ensinar estritamente tudo o que estava escrito. Justos e aprovados aos próprios olhos carregavam uma postura visivelmente exemplar, porém não conseguiam compreender que o propósito do Eterno não é ser religião, mas é ser relacionamento, sendo assim os seus corações estavam distantes Dele.
Uma das principais, se não a maior, implicância com Jesus é que Ele foi cumpridor da Lei, mas oferecedor de uma nova e ampla interpretação.
Cumprir a Lei não significava rejeitar pessoas, por exemplo. Tudo é licito, mas se não houvesse amor, do que adiantaria.
A lei é boa, mas o amor é Deus, portanto a questão era: como Ele sendo quem diz que era pode assentar-se a mesa com grupos de pessoas indignas, blasfemas e pecadoras? Como Ele pode perdoar pecados e curar suas almas olhando “olhos a olhos” e acolhe-la oferecendo uma nova pretensão de vida?
Foi em respostas a grupos como dos fariseus, que colocavam exigências sobre as pessoas impossíveis de serem cumpridas sem a ajuda do Eterno que Jesus propôs o seguinte convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados de carregar pesadas cargas e Eu vos darei descanso.
Tomai vosso lugar em minha canga e aprendei de mim, porque sou amável e humilde de coração, e assim achareis descanso para as vossas almas.
Pois o meu jugo é bom e minha carga é leve” – Mateus 11.28-30. A religião é cruel. O relacionamento é santo e curador.
Os Fariseus
Os fariseus eram zelosos com a lei e obedientes às tradições. Os fariseus acreditavam que agir dessa forma agradaria a Deus, não estavam entendendo que um coração sincero e humilde diante Dele é adoração aos seus olhos.
A obsessão dos fariseus os levava a rejeitar pessoas. Os fariseus eram formadores das sinagogas e não podiam tolerar quem dava testemunho de Jesus.
Quando Jesus curou o cego de nascença, aquele homem foi expulso da sinagoga por dar testemunho Dele, assim nos conta o apóstolo João (9.1-34).
As pessoas os respeitavam por medo – “Apesar disso, muitos dentre as próprias autoridades acreditaram nele, mas devido aos fariseus, não declaravam a sua fé, para não serem excluídos da sinagoga” – João 12.42.
A simples aparência que os fariseus preservavam não leva ninguém ao céu, Jesus ensinou dizendo: “E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, pois que apreciam orar um pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros.
Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão” – Mateus 6.5. E disse mais, como nos conta Lucas: “Vós, fariseus, purificais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está entulhado de avareza e perversidade” (Lucas 11.39).
Conclusão
Certo dia uma mulher, não sabemos o seu nome, porém o Espírito Santo nos permite saber que ela foi pega em flagrante adultério, os escribas e os fariseus a flagraram e imediatamente trouxeram a presença de Jesus exigindo que Ele a condenasse segundo a lei, o capítulo oito do evangelho de Jesus segundo escreveu João nos conta isso.
Na sequencia desse fato, Jesus com toda a sabedoria que lhe é pertencente autorizou que e lei se cumprisse, ou seja, que ela fosse condenada ao apedrejamento, contudo ensinou a interpretação correta e coerente, sendo que podia condená-la que fosse digno para tal não carregando nenhum pecado.
Depois dessas palavras, um a um abandonou o local sem causar danos a integridade física daquela mulher.
Ao saírem, Jesus apresentou a graça e o amor de Deus a ela, perdoando-a, bem como oferecendo salvação com um aconselho: não peques mais. O perdão era intolerável para quem estava cego pela lei.
Somos discípulos de Jesus e discípulo que é discípulo segue seu mestre. Que Jesus encontre em todos nós um coração sincero diante Dele que viva a Palavra em toda a sua essência e não apenas de falar para ser admirado.
Assim como Jesus foi, que sejamos a cada dia, com um coração sincero e rendido, pois ai Ele nos ajudará no caminho estreito da renuncia. Deus abençoe.
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