O autor do primeiro livro do cânon bíblico registra: “E o Senhor colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontra-lo o matasse” (Gênesis 4.15b).
Caim e Abel
Indice
Caim e Abel eram irmãos, filhos de Adão e Eva. Um determinado dia ambos ofereceram ofertas ao Senhor, contudo a oferta de Abel foi acolhida de bom grado pelo Senhor, ao contrário da oferta oferecida por Caim, por causa disso, motivado pelo ódio e inveja, Caim matou Abel (Gênesis 4.1-8).
A Palavra do Senhor contra a atitude de Caim
O autor ao Gênesis continua relatando: “Exclamou o Senhor (a Caim): que fizeste? Ouve! Da terra o sangue do teu irmão clama a mim. Portanto, agora és mais amaldiçoado que a terra que abriu a boca para tragar, de tuas mãos, o sangue de teu irmão. Quando cultivares o solo, este não te fornecerá mais da sua força, serás um fugitivo errante pelo mundo” (4.10-12).
O apelo de Caim
Caim disse ao Senhor: “Meu castigo é maior do que posso suportar. Vê! Hoje tu me expulsas desta terra, e terei de me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará” (Gênesis 4.13-14).
A resposta do Senhor
O Senhor asseverou a Caim: “Não acontecerá assim! Se alguém matar a Caim, sofrerá sete vezes a vingança” (Gênesis 4.15). E o Senhor colocou uma marca, um sinal, sobre Caim.
Significado da marca de Caim
A bíblia não esclarece qual era essa marca/sinal do qual Caim foi tocado e provavelmente levou sobre toda a sua vida.
A marca de Caim não estava sob os seus descendentes, tão pouco, obviamente, o impediu de construir uma família, contudo o livrou de ter o sangue derramado de seu irmão vingado por outras pessoas como um sinal de “justiça”.
A marca/sinal é um mistério que talvez um dia, com o Senhor, os salvos saberão, porém é nítido que nessa atitude para com Caim, a imensa e indiscutível paciência e bondade de Deus se mostrou mais uma vez atendendo ao apelo egoísta daquele homem, pois mais uma vez Caim só estava pensando nele mesmo, e assim Ele o livra da pena de morte com um sinal da misericórdia divina que o protegeria.
A misericórdia e bondade de Deus não anulam as consequências de decisões erradas, tão pouco adia o juízo sob quem decide viver a sua própria maneira ao invés de viver a maneira de Deus, por exemplo, o juízo chegou naquele tempo com o Diluvio (Gênesis 07). Mas também é bom afirmar que o juízo não pode mudar o caráter de Deus que é misericordioso e bondoso.