Os quatro evangelhos que iniciam o Novo Testamento do cânon bíblico contam a história do “vaso de alabastro”, cada um com a sua ótica e percepções bem particulares do autor, mas que mantem a essência da adoração e mensagem daquela noite.
As referências são essas: Mateus 26.6-13, Marcos 14.3-11, Lucas 7.36-50, João 12.1-8. Com base nessas quatro passagens nós montaremos os detalhes desse estudo.
Estudo sobre o Vaso de Alabastro
Indice
Faltava em torno de uma semana para a consumação da obra vicária de Jesus e Ele estava participando de um jantar em Betânia, uma aldeia que distava cerca de 3 km de Jerusalém.
O anfitrião era de um homem chamado Simão que foi curado de lepra por Jesus e entre os convidados estava Lázaro que já havia sido ressuscitado dentre os mortos pelo próprio Jesus (João 12.9), bem como suas irmãs Marta e Maria. O João nos conta que Marta estava encarregada do serviço.
Jesus estava à mesa, baixa segundo os padrões da época, possivelmente com o braço esquerdo apoiado sobre um tipo de almofada e com o braço direito reservado para se servir dos alimentos.
O que é um Vaso de Alabastro
Era costume ungir a cabeça dos convidados em dias festivos no antigo Oriente, mas nessa noite a Maria pegou um vaso de alabastro, repleto de perfume caríssimo, o nardo puro, a mais preciosa e cara essência de plantas e ungiu os pés de Jesus enxugando-o com os seus cabelos. Conta-se que a casa se encheu com a fragrância daquele balsamo.
Aquele vaso de alabastro era um frasco de mármore lacrado e com gargalo longo, o qual era quebrado no instante do uso, e cujo conteúdo devia ser todo consumido em uma só aplicação para não perder suas propriedades químicas e aromáticas.
Quanto custava um Vaso de Alabastro
O valor daquele alabastro era de trezentos denários, o que correspondia ao salário anual de um trabalhador ou soldado romano.
Ao ver toda aquela cena, Mateus diz que “os discípulos se indignaram e comentaram sobre todo aquele desperdício, porém o João nos conta que Judas Iscariotes foi quem questionou alegando que aquele balsamo perfumado deveria ser vendido por alta quantia e o valor repartido aos pobres.
É de se imaginar a irritação de Judas, tendo em vista que ele traiu Jesus por menos da metade disso, cerca de cento e vinte denários.
O mesmo apostolo afirma que ele disse isso não por se importar com os pobres, mas porque ele era ladrão, sendo responsável pela bolsa de dinheiro, frequentemente tirava o que nela era depositado.
Jesus vendo toda aquela situação repreendeu a todos dizendo:
“Deixa-a em paz, pois para o dia da minha sepultura foi que ela guardou isso. Quanto aos pobres, vós sempre os tereis convosco, mas a mim vós nem sempre tereis”.
Na época da Páscoa era um costume judaico presentear os pobres, mas Jesus ensina que a missão da generosidade deve ser um principio de cada um dos seus discípulos em todos os tempos e estações, bem como Jesus salienta que Maria estava cuidando da “preparação do seu corpo para o sepultamento”.
Um Pouco mais
Jesus disse: “Com toda a certeza vos afirmo: Em todos os lugares do mundo, onde este evangelho for pregado, igualmente será contado o que essa mulher realizou, como um memorial a ela”.
Jesus ergue um memorial a Maria, uma pessoa desconhecida na história, mas que teve seu ato naquele jantar perpetuado para inspiração de todas as gerações em todo o mundo sobre adoração e amor a Jesus.
Maria entregou o que ela tinha de melhor, não se importando com quem estava a sua volta e tamanha censura que receberia, o que importava é que ela sabia quem era Jesus e o quanto precioso Ele era. Maria entregou o seu melhor e você, qual é o seu melhor? O que você pode entregar a Ele? Nossa geração está precisando de “Marias” que terão suas histórias de legados para as próximas gerações.
Certamente antes de derramar o nardo, ela já havia derramado o que tinha de mais precioso ainda que é o seu coração, por isso entregue seu coração totalmente a Jesus e o restante, por mais valioso que seja, será consequência do seu amor para com Ele e um prazer derramar aos seus pés em adoração.