O evangelho de Jesus segundo escreveu Lucas registra dessa forma a “parábola da figueira estéril”:
“Em seguida, Jesus lhes propôs a seguinte parábola: ‘Certo homem possuía uma figueira cultivada em meio a uma grande plantação de videiras, contudo vindo procurar fruto nela, não encontrou nem ao menos um’. E, por isso, recomendou ao vinicultor: ‘Este é o terceiro ano que venho buscar os frutos desta figueira e não acho. Sendo assim, podes cortá-la! Para que está ela ainda ocupando inutilmente a boa terra?’ O vinicultor, porém, lhe rogou:
‘Senhor, deixa-a ainda por mais um ano, e eu cuidarei dela, cavando ao seu redor e a adubando. Se vier a dar fruto no próximo ano, muito bem; caso contrário, mandarás cortá-la” (13.6-9).
Entendendo a Parábola da Figueira Estéril
Indice
A referência dessa parábola é contada apenas por Lucas e o autor cita essas palavras no versículo que a antecede: “Se não vos arrependeres, todos vós, da mesma maneira perecereis” (Lucas 13.5).
Todos pecaram e destituídos estão da comunhão com Deus (Romanos 3.23), por isso todos precisam de um arrependimento verdadeiro e da conversão a Jesus. O verdadeiro arrependimento demonstra os seus frutos – mudança de vida – (Lucas 3.8), se não houver mudança, será apenas um sentimento de remorso passageiro.
Jesus oferece essa parábola que, segundo estudos, tem dois caminhos: um deles é uma referência ao povo de Israel e o outro é uma referência a todos os seres humanos, mostrando um sentido bastante amplo de Sua Palavra.
A Figueira Seca
Jesus cita que numa grande plantação de videira uma figueira não dava frutos e que depois de três anos o vinicultor veio buscar os frutos dela e não as achou. Os três anos citados representam a graça de Deus, cheio de longanimidade e bondade, que aguarda com esperança que sua figueira reaja aos estímulos que recebe.
Olhando para o caminho apontado sobre o povo de Israel, representa da mesma forma a graça de Deus, mas se podemos apontar, destacamos os séculos de misericórdia demonstrados entre a Aliança até a proclamação de Evangelho pela vinda do Messias Amado.
Vinicultor Deseja Frutos, Deus Também
O vinicultor deseja frutos da figueira, assim como Deus espera frutos do seu povo. O juízo pode aparentemente demorar, mas certamente vem sobre todos aqueles que forem estéreis no sentido da parábola (de dar frutos). Chegou o tempo da ordem para arrancar aquela figueira inútil, como chega a hora do juízo geral.
Contudo, o Senhor, dono da figueira, concedeu misericórdia, a pedido do vinicultor, para que houvesse mais uma oportunidade para a plantação gerar frutos e se mesmo assim não houvesse jeito, poderias ser cortada.
O juízo deveria vir sobre Israel imediatamente após a crucificação de Jesus, contudo houve misericórdia, que ocorreu entre o Pentecostes até a destruição completa de Jerusalém entre os anos 66 e 70 depois de Cristo. Se aplicarmos a parábola à história geral, há misericórdia ainda, porém se não houver frutos, chegará o dia do corte e ninguém está enganado sobre essa verdade.