A expressão “Rosa de Saron” aparece apenas uma vez na Bíblia no livro “Cântico dos Cânticos”, também conhecido como “Cantares de Salomão”, pois Salomão é o autor desse livro (1.1).
Considerada uma declaração de amor do amado para a sua amada, o livro muitas vezes é interpretado como representativo na relação entre Deus e Israel ou de Jesus com a igreja, contudo interpretações do tipo não carregam sustentações teológicas e tais interpretações se tornam equivocadas.
Basicamente os mais renomados estudiosos vêm compreendendo este livro como um registro histórico do romance entre o rei Salomão e uma mulher sulamita.
O que significa “Rosa de Saron”
No “Cântico” há essa declaração: “Sou apenas uma flor dos campos de Sharon, Saron, uma tulipa dos vales” (2.1).
Não há a compreensão correta do porque algumas versões usam a palavra rosa para definir essa flor, pode ser que pela beleza da rosa e para melhor exemplificar o que estava sendo dito, contudo aqui tanto pode ser uma rosa como um narciso, ou ainda, como alguns teólogos preferem definir, pode ser uma tulipa.
O “Sharon” era uma planície fértil e vistosa do litoral mediterrâneo ao Sul do monte Carmelo em Israel, portanto uma flor ali era muito boa, pois nascia de uma terra saudável e bela aos olhos, mesmo que em meio à espinhos.
Em resposta a declaração da amada dizendo que ela é uma flor como da planície de Saron, o amado responde: “Como formoso lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as jovens” (2.2).
Uma observação importante, mesmo que a Palavra fizesse uma analogia da “rosa” com Deus ou Jesus, como já entendemos que não tem sustentação, nas palavras de Salomão a “rosa” refere-se à amada e não ao amado, portanto mesmo assim não se referiria ao Eterno.