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História de Abraão, Quem foi Abraão?

Conhecido como “amigo de Deus”, vamos ver um pouco da história de Abraão, considerado o gigante das escrituras, um homem exemplar quando se fala em fé. Conhecido também como “pai da fé“, foi o primeiro patriarca a receber a promessa de que Deus iria abençoar todos os povos através dele.

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Um dos mais conhecidos personagens do Antigo Testamento do cânon bíblico, Abraão tem a sua história relatada no livro do Gênesis, entre os capítulos onze e vinte e cinco. O Abraão pai de multidões, pai de uma geração, pai da promessa.

Sua história é tão significativa no cristianismo que ele é lembrado diversas vezes também no Novo Testamento, como por exemplo, citado pelo autor aos hebreus que resume bem a sua vida na relação dos primeiros heróis da fé como exemplo dos patriarcas:

Pela fé, Abraão, quando convocado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que no futuro receberia como herança, embora não soubesse para onde estava sendo dirigido”.

Mediante a fé, peregrinou na terra prometida como se fosse terra estrangeira, habitando em tendas, assim como Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Por meio da fé, da mesma forma, a própria Sara, esposa de Abraão, recebeu poder para gerar filhos, ainda que estéril e de idade avançada, porque considerou fidedigno Aquele que lhe havia feito à promessa.

Sendo assim, daquele homem, já sem virilidade, nasceu uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu, e incontável como os grãos de areia à beira-mar.

Pela fé, Abraão no tempo que Deus o expôs a prova, ofereceu-lhe Isaque como sacrifício, aquele que havia recebido as promessas estava mesmo a ponto de sacrificar seu unigênito, ainda que Deus lhe tivesse prometido: ‘Por intermédio de Isaque, sua descendência será estabelecida’; porquanto acreditou que Deus era suficientemente poderoso para ressuscitá-lo dentre os mortos e, simbolicamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos (Hebreus 11.8, 9, 11, 12, 17, 18, 19).

A seguir, a sua história em detalhes.

Quem foi Abraão?

Abraão foi aquele que o autor aos Hebreus pôde declarar: “Deus não se constrange de ser conhecido como Deus deles” (Hebreus 11.16).

Abraão viveu a história de fé, promessas e milagres, apesar de suas limitações humanas, experimentando a grandeza de Deus na sua história, bem como a grandeza através de sua história.

A Família de Abraão

O Abraão era filho de um homem chamado Terá e irmão de Naor e Harã (Gênesis 11.27). Harã gerou , outro personagem que ganha destaque nos relatos canônicos.

Abraão era casado com uma mulher estéril chamada Sara (Gênesis 11.30), mas por intervenção do Eterno, ambos puderam gerar Isaque. Anteriormente Abraão teve um filho chamado Ismael como a egípcia Hagar (Gênesis 16) e após a morte de Sara, Abraão desposou ainda outra mulher, chamada Quetura. Ela lhe deu os seguintes filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suã (Gênesis 25.1-2).

Os relatos bíblicos do Gênesis registram esses como família de Abraão: Sabá e Dedã, filhos de Jocsã; Efá, Éfer, Enoque e Elda, filhos de Midiã (Gênesis 25.3-4), bem como Nebaiote, Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Temá, Jetur, Nafis e Quedemá, filhos de Ismael (Gênesis 25.13-16). E ainda Esaú e Jacó, filhos de Isaque (Gênesis 25.19-34).

Abraão: Sai da sua terra

Deus falou com Abraão quando este vivia na cidade de Ur, na Mesopotânia: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e dirige-te à terra que te indicarei! Eis que farei de ti um grande povo: Eu te abençoarei, engrandecerei teu nome, serás tu uma benção! Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar.

Por teu intermédio abençoarei todos os povos sobre a face da terra” (Gênesis 12.1-3). Então partiu Abraão acompanhado de sua esposa Sara e seu sobrinho Ló. Abraão tinha setenta e cinco anos nesses fatos.

Durante a sua peregrinação, houve um momento de muita escassez e fome sobre as terras de Canaã, e Abraão desceu ao Egito para ali viver por um tempo.

Abraão no Egito

Chegando ao Egito, Abraão propôs a Sara que dissesse a todos que era sua irmã ao invés de sua esposa, pois alegou: “Tu és uma mulher muito bonita, quando os egípcios contemplarem a sua formosura alegarão: ‘É a mulher dele!’ e me mataram, preservando sua vida. Sendo assim, suplico que diga ser a minha irmã para que me tratem bem por consideração a ti e, por tua causa, conservem também a minha vida” (Gênesis 12.11-13).

E aconteceu que quando os oficias da corte egípcia avistaram Sara, se encantaram por sua formosura e ela foi levada à corte de Faraó. O Abraão foi tratado muito bem por causa dela. Contudo, por causa de Sara, o Senhor Deus castigou Faraó, sua família e toda a sua corte com doenças terríveis.

Por este motivo, Faraó soube a verdade e questionou porque Abraão havia mentido sobre seu grau parentesco com Sara, de modo que ele a tomasse como sua mulher. E diante disso deu ordem expressas que todo o necessário fosse providenciado a fim de que Abraão deixasse imediatamente o Egito tomando consigo sua mulher e tudo o que possuía (Genesis 12.17-20).

Abraão e Ló se separam

Do Egito subiram em direção ao sul de Canaã. O Abraão havia enriquecido muito, bem como Ló e a terra se tornou infrutífera para abrigar os dois morando, isso porque possuíam tantos bens, servos e animais que a terra não conseguia sustentar a todos e havia desavenças entre os homens que zelavam dos animais por esse motivo (Gênesis 13.6-7). Ambos se separaram.

Ló foi viver em Sodoma, mas num ataque havido naquelas terras, apossaram-se de Ló e dos seus bens. Quando Abraão soube desses acontecimentos, mandou convocar os melhores trezentos e dezoito homens treinados para a guerra e partiu em perseguição aos inimigos e conseguiu recuperar todos os bens e trouxe de volta seu parente Ló com tudo o que possuía (Gênesis 14.12-17).

Abraão e Hagar

Após esses acontecimentos, ainda havia uma promessa do Senhor a Abraão: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que podes. Será assim a tua posteridade” (Gênesis 15.5).

O Abraão e a Sara não tinham filhos já na idade avançada, por esse motivo Sara sugeriu que ele deitasse com sua serva Agar para que ela gerasse um filho, porém depois que Agar ficou grávida ela começou a tratar mal a Sara e Sara, com permissão de seu marido, passou a maltratar a Agar a ponto de ela optar por fugir de casa (Gênesis 16.1-6), mas por intervenção do Senhor que apareceu a Agar, ela retornou para casa e depois do tempo determinado ela deu a luz a Ismael (Gênesis 16.7-16).

De Abrão a Abraão

Novamente Deus falou com o Abraão e como sinal da aliança entre eles, todas as pessoas do sexo masculino deveriam ser circuncidadas: “Todos os do sexo masculino entre vós deverão ser circuncidados na carne” (Gênesis 17.10b). E Abraão cumpriu a orientação dada pelo Eterno: “Naquele mesmo dia, Abraão tomou seu filho Ismael, todos os nascidos em sua casa e os que foram comprados, todos os sexo masculino de sua casa, e os circuncidou, como Deus lhe ordenara” (Gênesis 17.23).

Nesse contexto, Deus mudou o nome de Abraão que anteriormente era Abrão (mesmo que aqui citado sempre como Abraão para melhor compreensão): “E não mais te chamarás Abrão, mas doravante teu nome será Abraão, pois Eu te faço ‘pai de muitas nações’” (Gênesis 17.5).

Abraão e o filho da promessa

O Senhor “apareceu” a Abraão no bosque sagrado dos carvalhais de Manre, quando ele estava sentado à entrada de sua tenda, na hora mais quente do dia, na figura de três homens que Abraão reconheceu “ser da parte do Eterno” (Gênesis 18.1-3).

Enquanto esses homens comiam o que por Sara havia sido feito, e Ele afirmou a Abraão: “Voltarei a ti no próximo ano, então Sara, tua esposa, terá um filho” (Gênesis 18.10).

A Sara escutava tudo atrás dele, na entrada da tenda. Sara e Abraão já eram idosos e o ciclo menstrual de Sara já havia cessado, portanto Sara riu em seu intimo, então o Senhor que tudo conhece questionou a Abraão:

“Por que se ri Sara perguntando a si mesmo ser possível dar a luz a essa altura da vida? Acaso existe algo extraordinário demais para o Senhor? Nesta mesma época de primavera, no próximo ano, retornarei à tua presença e Sara terá um filho” (Gênesis 18.13-14).

A Sara ficou amedrontada negando “ter rido”, mas Ele, o Senhor, foi categórico afirmando que sabia que ela tinha tido essa expressão.

Abraão e Abimeleque

Depois de um tempo acerca desses acontecimentos, Abraão e Sara peregrinavam para a região do Neguebe e foram viver entre Cades e Sur e mais uma vez, assim como fez no passado nas terras do Egito, ele dizia a todos que Sara era sua irmã.

O rei Abimeleque, na época, então mandou buscar Sara e tomou-a como sua mulher, então o Senhor apareceu ao rei e lhe afirmou: “Vais morrer por causa da mulher que tomaste, porquanto ela é uma mulher casada” (Gênesis 20.3).

O Abimeleque que ainda não havia tocado em Sara questionou ser inocente dessa culpa, pois ela mesma e Abraão haviam afirmado serem irmãos.

Então o Senhor lhe disse: “Bem sei que fizeste isso de coração puro, e fui Eu quem te impediu de pecar contra mim, não permitindo que a tocasses. Agora, pois, devolve a mulher desse homem: ele é profeta e intercederá por ti, para que vivas. Mas se não a devolveres, sabe que certamente morrerás, com todos os teus” (Gênesis 20.6-7).

O Abimeleque questionou a Abraão e devolveu Sara. Sara o presenteou para reparar sua ofensa para que todos soubessem que ele era inocente.

O Abraão orou pelo rei e esse foi curado ao lado de sua mulher e suas servas, a fim de que pudessem novamente ter filhos, pois o Senhor havia tornado estéreis o ventre de todas as mulheres na casa de Abimeleque, por causa de Sara, a esposa de Abrão.

O nascimento de Isaque

Certo dia, o Senhor visitou Sara e fez por ela como prometeu. Sara concebeu um filho de Abraão no tempo que Deus tinha marcado.

O nome do menino era Isaque, então Sara declarou: “Deus me deu grande motivo para sorrir e todos os que souberem desta história muito se alegrarão comigo. Quem diria a Abraão que Sara ainda amamentaria filhos? Todavia, eu lhe dei um filho em sua velhice” (Gênesis 21.6-7).

O sacrifício de Abraão a Deus

O Senhor havia pedido que Abraão “devolvesse” Isaque a Ele: “Toma Isaque, teu filho, teu único filho, a quem tu muito amas, e vai-te à terra de Moriá. Sacrifica-o como holocausto, sobre um dos montes que Eu te indicarei” (Gênesis 22.2). Abraão que amava o Senhor Deus ainda mais do que o Isaque, não o questionou.

A caminho, para ter o seu coração de pai ainda mais provado, Isaque lhe pergunta: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22.7) e Abraão responde: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22.8).

O que passa é que perto de consumar o ato, Abraão escuta: “Não faça nada, agora bem sei que temes a Deus, porquanto não me negaste teu amado filho, teu único filho” (Gênesis 22.12). E o nome do lugar é “o Senhor Proverá”.

E assim a promessa das posteriores gerações é reafirmada: “Eu te confirmarei uma posteridade tão numerosa quanto as estrelas do céu e quanto a areia que se espalha pelas praias do mar” (Gênesis 22.17).

A morte de Abraão

O Abraão era então um homem muito idoso, avançado em dias, e o Senhor em tudo o havia abençoado (Gênesis 24.1).

Eis que a duração de vida de Abraão foi de cento e setenta e cinco anos. Depois Abraão expirou: morreu numa velhice feliz, idoso e repleto de bons anos.

Isaque e Ismael, o sepultaram na gruta de Macpela, próximo a Manre, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, campo que Abraão comprara dos hititas. Foi ali que Abraão e Sara foram sepultados (Gênesis 25.7-10).

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